32 profissionais e Tênis All Star vão garantir as oficinas da Casa da Criança do Morro da Penitenciária
Artistas plásticos, fotógrafos, grafiteiros, designers, cenógrafos, figurinistas, estilistas e arquitetos, enfim, um grupo de amigos customiza o mais conhecido modelo da centenária fábrica de calçados de lona All Star, o Converse.
Ao todo 32 expositores, cada um com sua técnica e gosto, mostram um coletivo de vontades e intenções sobre um objeto de uso comum na nossa sociedade de consumo.
O que fazer com fazer com o tênis?
Foi a pergunta feita pela maioria dos convidados da exposição.
O que quiser, o que tiver intenção, o que sentir vontade!
Foi a resposta.
Então, com total liberdade, as peças foram reinventadas tanto como calçado original e exclusivo, como obra de arte. O que vale, além da técnica de cada um, é a intenção do autor, assim como a do admirador e do comprador da obra. O importante é criar sobre o tema e fazer uso de um ícone mundial de maneira contemporânea, do jeito que cada um quiser usar ou ousar. “Desde sua primeira aparição e conseqüente transformação em objeto de desejo, graças a James Dean em 1956, no filme “Rebeldes sem causa”, o tênis nunca mais saiu de moda”, relembra Claudio Assis, representante da marca em Santa Catariana e um dos entusiastas da exposição, que além da All Star, conta também com a parceria da Mercearia Fatto a Mano, na produção do evento.
Luciano Martins
“Este tênis não é apenas uma marca, é um calçado que acompanha os pés mais revolucionários, símbolo de uma existência de quatro gerações seguidas”. Justifica o artista plástico Luciano Martins, que já pintou uma série em exposição exclusiva e agora recebe os 32 pares do calçado transformado pelos convidados da exposição, para serem expostos na sua galeria em noite de coletiva.
Causa social
Além de comemorar os 100 anos da Converse, criadora do calçado de lona com sola de borracha, um símbolo universal que resume o conceito de democratização – todo mundo usa, ou, já usou um, – o objetivo principal da mostra é beneficiar mais pessoas em torno de uma causa justa: colaborar com o trabalho pedagógico desenvolvido pela Casa da Criança do Morro da Penitenciária. O dinheiro arrecadado será revertido na compra de material para as oficinas de arte da instituição.
Paralelo à doação dos materiais, alguns dos artistas convidados irão ministrar oficinas de artes para os jovens que freqüentam o programa da Casa da Criança.
Sobre a Casa da Criança do Morro da Penitenciária
É uma organização não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1988 para prestar atendimento sócio-educativo para as crianças e adolescentes do Morro da Penitenciária, no bairro Trindade, em Florianópolis. Hoje a instituição atende 120 crianças e 20 adolescentes, de seis a 17 anos de idade, em período alternado à escola regular. São 17 voluntários, entre profissionais e administradores, em atividades que buscam inclusão social e cultural e por conseqüência a cidadania. A Casa atua em várias áreas através do enriquecimento das potencialidades individuais e coletivas, com cursos de dança como balé e street dance, aulas de xadrez e tênis, informática, artes, capoeira, oficinas de desenho, cartoon, pintura e artesanato, aulas de reforço para as crianças e grupos de estudos para os adolescentes, biblioteca, brinquedoteca, culinária, e atendimento odontológico.
Os objetivos da Casa da Criança do Morro da Penitenciária
o Oportunizar a formação da personalidade das crianças e adolescentes, oferecendo situações de aprendizagem que destaquem os valores éticos e sociais voltados para o cultivo da vida.
o Estimular a participação, o desenvolvimento de competências e habilidades para a vida social e resolver problemas do cotidiano, agregando novos conhecimentos.
Esta exposição pretende a inteiração. Além de arrecadar fundos para a compra de material didático e lúdico, como tecidos, papéis, tintas entre outros, utilizados nas atividades de arte e educação, vai levar os artistas envolvidos a darem mini oficinas sobre desenho e pintura. Em março, quando a casa retoma suas atividades, acontece uma visitação ao atelier de Luciano Martins, para uma tarde de pinturas.
Os tênis, desta edição única e exclusiva são de numerações variadas e estão a venda no local ao preço de R$ 200,00 cada.
Os Amigos:
1. Anderson Rodrigues – artista plástico
2. Bárbara Rey – cenógrafa e bailarina
3. Beth Barreto – designer de joias
4. Dirce Körbes – artista plástica
5. Edina Sienesen– estilista
6. Helenita Peruzzo – artista plástico
7. Fábio Cabral – fotógrafo
8. Flávio Guimarães – empresário
9. Galvão – ilustrador/grafiteiro
10. Guto lima – designer
11. Hugo Rubilar – artista plástico
12. Juliana Hoffmann – artista plástico
13. Juliana Wosgraus – artista plástico
14. Jane Brüggemann
15. Imaginarium – designer
16. Imaginarium – designer
17. Dirce Korbes– artista plástica
18. Karin Serafin – bailarina e figurinista do Cena 11
19. Karla Silva – arquiteta
20. Kadu Almeida – RP
21. Kuke Casatiñeras – artista plástica
22. Leandro Adegas – empresário
23. Lena Costa – artista plástica
24. Lica Paludo – produtora
25. Luciano Martins – artista plástico
26. Marinela Goulart – artista plástica
27. Marcelo Salum – arquiteto
28. Patrícia Costa – produtora
29. Patrícia Sabiá – estilista alta costura
30. Philipe Arruda – fotógrafo
31. Samuel Casal – ilustrador
32. Sol Jara – artista plástica
Exposição e venda de 30 tênis All Star
Data: dia 17 de dezembro, a partir das 21h.
Local: Galeria Luciano Martins, Ed. Art Shop, loja 02. Rua Afonso Delambert Neto, nº103, Lagoa da Conceição.
Presenças confirmadas: artistas e profissionais convidados
Preço dos tênis: R$ 200,00