Em outubro de 2014, tocada pela situação dos moradores de rua da capital catarinense, a estudante de economia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Mariana Segalla Cassol, criou a Fan Page Floripa Invisível. A iniciativa ganhou destaque em sites, jornais e televisão, inclusive o DeOlhoNaIlha fez uma matéria sobre a página em janeiro deste ano.
Passados 11 meses do primeiro contato, o DeOlhoNaIlha conversou novamente com Mariana para saber o que ela destaca da experiência de passar mais de um ano vendo de perto a realidade das ruas.
"No início era só amor, eu acreditava sempre quando diziam que mudariam de vida, depois passei por uma fase de desânimo pois percebi a força da dependência química. Muitos que conseguiam abandonar as ruas, em pouco tempo estavam de volta", explicou Mariana.
A estudante passou a enxergar a questão como um problema de saúde pública, uma vez que a dependência em drogas e álcool é quase sempre a causa do abandono do lar. Mesmo decepcionada com o círculo vicioso que envolve a realidade do pessoal retratado na página, Mariana tem projetos para ajudar como pode.
"Tem muita gente que leva comida para o pessoal de rua, mas o domingo é um dia difícil para eles, pois principalmente a região central fica muito vazia. Vou colocar em prática um projeto de fazer um sopão nos domingos à noite", afirmou Mariana, e acrescentou: " O Floripa Invisível é um projeto sobre empatia, sobre saber se colocar no lugar do outro! Muita gente acha que não serve para nada, mas quem mora na rua também precisa de atenção".