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Florianópolis, 23 novembro 2024

Florianópolis volta a segunda maior inflação do país, mostra índice da Udesc Esag

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Alugual residencial teve aumento de 7,77% na cidade nos últimos 12 meses, de acordo com o ICV/Udesc Esag


Considerando a inflação acumulada nos últimos 12 meses, Florianópolis voltou a registrar em junho o segundo maior índice entre 17 capitais – depois de ter caído para o terceiro lugar em maio. A inflação acumulada entre julho de 2023 e junho de 2024 na capital catarinense ficou em 5,14%, atrás apenas de Belo Horizonte (MG), com 5,22% de aumento dos preços em 12 meses.

Ao considerar apenas a variação dos preços no primeiro semestre de 2024, Florianópolis também subiu da 5ª para a 4ª maior inflação (2,96%), ultrapassando Recife (2,62%). Neste ano, ainda está atrás de São Luís (4,20%), Aracaju (3,84%) e Belo Horizonte (3,63%).

Índice

A inflação em Florianópolis é medida pelo Índice de Custo de Vida (ICV) , da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O ICV é calculado mensalmente pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Udesc, com apoio da Fundação Esag (Fesag) .

Nas demais cidades, os preços são aferidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para compor o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Como o ICV e o IPCA são calculados basicamente com a mesma metodologia, os dados são comparáveis.

Inflação acumulada em 12 meses:

1Belo Horizonte (MG)5,22%
2Florianópolis (SC)*5,14%
3 Brasília (DF)5,05%
4São Luís (MA)5,02%
5 Belém (PA)4,81%
6 Fortaleza (CE)4,69%
7 Aracaju (SE)4,54%
8Rio Branco (AC)4,28%
BRASIL4,23%
9Goiânia (GO)4,21%
10São Paulo (SP)4,17%
11Campo Grande (MS)4,16%
12 Grande Vitória (ES)4,11%
13Rio de Janeiro (RJ)4,03%
14Salvador (BA)3,91%
15Porto Alegre (RS)3,71%
16Curitiba (PR)3,61%
17Recife (PE)3,27%

*Inflação medida pelo ICV/Udesc Esag, com a mesma metodologia do IPCA/IBGE, usada para as demais capitais e para o índice nacional.

O índice acumulado dos últimos 12 meses oferece melhor comparação das variações de preços entre as cidades que foram usadas a inflação mensal. O dado de 12 meses evita distorções provocadas por aumentos que ocorrem apenas em determinadas épocas do ano, mas não ao mesmo tempo em todas as regiões, como as tarifas de energia, por exemplo.

Comparação

A alta de preços em Florianópolis é de 0,91 pontos percentuais acima do IPCA nacional (4,23% em 12 meses). Grandes cidades como São Paulo (4,17%) e Rio de Janeiro (4,03%) também tiveram inflação anual bem menor que a da capital catarinense. Já Brasília assumiu várias posições e agora tem a terceira maior inflação (5,05%), logo atrás de Florianópolis.

O índice local também contrasta com as outras duas capitais da Região Sul. Porto Alegre (RS), teve a terceira menor inflação da lista (3,71%) e Curitiba (PR), a segunda menor (3,61%). Desta vez a inflação anual mais baixa é a de Recife (PE), com 3,27%.

Preços locais

Em Florianópolis, os preços ligados à habitação foram os que mais puxaram a inflação local para cima, subindo 7,91% em 12 meses. Pesaram nesse caso os aumentos do aluguel residencial (7,77%) e tarifas públicas como as contas de energia elétrica (3,61%) e de água e esgoto (16,09%).

Em seguida vêm os transportes (7,12%), alimentação (5,89%), despesas pessoais (5,68%) e educação (5,47%). Somados à habitação, esses grupos juntos são responsáveis ​​em média, todos os meses, por mais de 70% dos gastos das famílias, segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE.

Os demais grupos pesquisados ​​tiveram aumentos nos últimos 12 meses que ficaram abaixo do índice geral. É o caso de saúde e cuidados pessoais (3,25%), artigos de residência (1,42%) e serviços de comunicação (1,24%). Já os artigos de vestuário comprados mais baratos nos últimos 12 meses (-3,66%).

Índice de Custo de Vida

O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 períodos-mínimos. O índice é publicado regularmente, todos os meses, desde 1968.

Saiba mais em udesc.br/esag/custodevida .