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Florianópolis, 24 novembro 2024

Florianópolis sedia Congresso de Medicina Sexual

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Renomados especialistas de vários países apresentaram os novos estudos envolvendo as causas da disfunção sexual que afeta a auto-estima masculina

As causas da ejaculação precoce (EP) e os motivos pelos quais muitos homens ainda deixam de procurar tratamento para estas disfunções foram alguns dos temas centrais discutidos hoje durante o 10º Congresso da Sociedade Latino-Americana de Medicina Sexual (SLAMs), que acontece, em Florianópolis, no Estado de Santa Catarina, Sul do Brasil.

A psiquiatra Carmita Abdo, do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, coordenou e se apresentou no simpósio “Ejaculação Precoce: da Auto-Percepção às Evidências Clínicas”, que revelou as mais recentes descobertas sobre o problema que afeta de 4% até 30% dos homens em todas as idades. O simpósio contou também com a presença do médico François Giuliano, professor do Departamento de Medicina Física e Reabilitação do Hospital de Garches, na França, que discutiu a fisiopatologia e manejo da ejaculação precoce.

De acordo com os especialistas, atualmente a definição de EP baseia-se em três componentes principais: curto tempo de ejaculação após (ou até antes) da penetração, falta de controle ejaculatório e impacto negativo (sofrimento ou angústia) relacionado à ejaculação.

Os novos estudos envolvendo o papel do neurotransmissor serotonina na origem da ejaculação precoce também foram abordados durante o congresso. De acordo com os médicos, a EP é caracterizada por uma combinação de fatores psicológicos e físicos, envolvendo o sistema nervoso central. Estudos recentes revelam que a serotonina (responsável também por regular nosso humor e apetite) é especialmente importante na ejaculação. “A EP tem um impacto tão negativo para o casal quanto a disfunção erétil (impotência)”, explica a psiquiatra Carmita Abdo. “Mas eles ainda têm receio em falar sobre o problema”, completa.

De acordo com Carmita, a busca por tratamento ainda é um tabu entre os homens que sofrem com a ejaculação precoce. Um recente levantamento com mais de 12.000 homens verificou que aqueles classificados como ejaculadores precoces tinham significativamente pior vida sexual do que homens que não foram classificados como apresentando EP.

Os homens com EP também apresentavam menor auto-estima, maior preocupação com seu relacionamento – às vezes a ponto de evitar relações – e níveis mais elevados de ansiedade e constrangimento.