Palhoça foi a cidade da Grande Florianópolis mais atingida, com vários bairros alagados e deslizamentos. O mais grave foi no Bairro Passa Vinte. O deslizamento do morro ao lado do Condomínio Nova Cidade fez com que a Defesa Civil solicitasse a desocupação imediata de 32 apartamentos.
Os moradores do condomínio receberam a visita do governador Luiz Henrique da Silveira na tarde de ontem. Logo depois, uma reunião definiu as estratégias para atender os afetados. A prefeitura vai contribuir com um aluguel social de R$ 250 mensais. Os valores dos condomínios e do arrendamento – aproximadamente R$ 280 – não precisarão ser pagos pelos moradores.
A contenção do barranco voltará a ser feita assim que a chuva der trégua. A casa do gás, que está interditada, será refeita pela prefeitura. Segundo o prefeito, Ronério Heiderscheidt, deve levar uma semana.
No Bairro São Sebastião, 18 famílias estão isoladas por conta da queda de uma ponte e três casas desabaram. Ninguém se feriu.
O Bairro Capoeiras, em Florianópolis, também sofreu com os estragos. A Escola de Educação Básica Pero Vaz de Caminha ficou alagada. No mesmo bairro, a queda de parte de um muro de contenção interditou a Rua Joaquim Nabuco. Casas e carros foram atingidas por pedras. A Defesa Civil pediu que moradores de três residências saíssem da área.
Segundo o secretário Salomão Mattos Sobrinho, da Secretaria do Continente, metade da rua seria desobstruída entre ontem e hoje. O entulho no outro pedaço só será retirado quando a chuva parar.
Moradores do Campeche interditaram uma rua
Ainda em Capoeiras, no Morro da Caixa, a terra cedeu e deixou casas a quatro metros do barranco.
No Bairro Campeche, no Sul da Ilha, a água invadiu casas e ruas. Os moradores culparam a prefeitura e interditaram a Rua Tereza Lopes.
Segundo eles, há dois anos, ao asfaltar a via, a prefeitura não fez a rede de drenagem e, com isso, a água não escoa. O secretário municipal de Obras, Carlos Schwabe, afirmou que um projeto de reforço na drenagem será executado na Rua Tereza Lopes e em outras do bairro no mais tardar em janeiro.
Em Santo Amaro da Imperatriz, a Rua Pedro Neri Schwinden cedeu e 15 famílias já deixaram o local.
O asfalto também cedeu na Rua Laurindo Januário da Silveira, no Bairro Canto da Lagoa, em Florianópolis, onde o muro de uma casa havia caído há 22 dias.
(DC, 17/12/2008)