Nesta segunda-feira, 16 pinguins foram soltos na praia do Moçambique em Florianópolis. Os animais foram libertados após permanecerem em tratamento por 45 dias no Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas) no Parque do Rio Vermelho.
O trabalho de reabilitação é feito pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) em parceria com a ONG R3 Animal e Polícia Militar Ambiental.
Com a chegada do inverno no Hemisfério Sul, os pinguins partem em busca de alimentos. Alguns se perdem dos bandos e adoecem. Já bem fracos e debilitados, chegam ao Litoral catarinense. Além dos 16 que foram soltos, restam ainda dez pinguins em tratamento no Cetas.
Antes de serem soltos, eles recebem um chipe que guarda as informações sobre o tratamento do animal. O Cetas atende cerca de 50 pinguins por ano.
O que fazer ao encontrar um pinguim
Se você encontrar um pinguim que precise de reabilitação, a orientação é aquecê-lo e não colocá-lo em lugares frios. Ao chegarem em nossas praias eles estão doentes, magros e sem a camada de gordura natural que os fazem suportar baixas temperaturas. Com auxílio de uma toalha, os animais devem ser colocados dentro de uma caixa de papelão. Em seguida, acione a Polícia Militar Ambiental pelo (48) 3665-4487, para que os pinguins sejam encaminhados ao centro de tratamento
Preservação e educação
O Centro de Triagem do Parque do Rio Vermelho recebe cerca de 2,5 mil animais silvestres por ano vítimas de tráfico ou maus-tratos. Além de abrigar e tratar os animais, o local disponibiliza uma trilha ecológica usada para educação ambiental. “Os visitantes aprendem que o animal silvestre não é brinquedo e que é nocivo retirá-lo do habitat natural. Todo o trabalho executado no local é um exemplo de responsabilidade com o meio ambiente e uma forma de ensinar respeito a todas as espécies”, afirma o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick. Como o objetivo do tratamento dos pinguins é devolvê-los à natureza, os animais não estão à disposição do público.
Com informações da jornalista Anne Caroline Anderson (FATMA)