Muitas pessoas que passam pela praça XV de Novembro, no Centro Histórico, nem imaginam que o local já foi cercado com gradis de ferro e teve acesso restrito ao público, com horários controlados para visitação. Essa e outras curiosidades são apresentadas em uma exposição fotográfica que retrata transformações ocorridas no entorno da praça entre os séculos 19 e 20. A mostra pode ser visitada na Casa da Memória (Rua Padre Miguelinho nº 58, Centro) até 29 de janeiro, com entrada franca. As informações são da PMF.
Ao todo estão expostas 30 imagens que integram o acervo municipal ou foram cedidas para a exposição. Entre elas, destacam-se a reprodução de uma pintura de Vicente Pietro, artista que acompanhou o imperador Dom Pedro II e a comitiva imperial em sua visita à Ilha de Santa Catarina, em 1845. A mostra proporciona ao visitante a oportunidade de observar o desenvolvimento da região central e as mudanças na paisagem local ao longo do tempo, a partir do olhar de artistas e fotógrafos em diferentes épocas.
A exposição fotográfica sobre a Praça XV de Novembro pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 13 às 19 horas. A atividade visa a divulgar o trabalho feito pela Casa da Memória, que funciona como um centro de documentação da vida social e cultural do município, dispondo de um rico acervo para consulta. Gerido pela Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC), o órgão reúne, restaura, organiza, preserva e divulga registros visuais, sonoros, bibliográficos e documentais relativos à história, à memória, à identidade e à produção cultural da cidade.
Além de apreciar a mostra, os visitantes podem conhecer o espaço e consultar outros acervos disponíveis no local, parte deles compostos por doações feitas pela população. Entre as coleções, destacam-se o Banco de Imagens Sylvio Ferrari, com fotografias de caráter biográfico, histórico e geográfico, e o Arquivo Zininho, que guarda registros sonoros e visuais, organizados pelo saudoso poeta, compositor e radialista Cláudio Alvim Barbosa (1929-1998), autor do hino de Florianópolis. Em 2015, a Casa da Memória registrou a visita de cerca de 6 mil pessoas, entre turistas, pesquisadores e público em geral.