Pesquisa elaborada no Nupaiva, do HU, ajuda a classificar pacientes fragilizados e orienta tratamento
Uma pesquisa desenvolvida no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC/Ebserh) foi premiada pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), durante um congresso realizado nos últimos dias 20 e 22. Ao todo, foram submetidos 118 trabalhos científicos sobre asma, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) e tagabismo.
A pesquisa, chamada “Fragilidade em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e sua associação com as classificações propostas pela Global Initiative For Chronic Obstructive Lung Disease” foi realizada com cerca de 100 pacientes no Núcleo de Pesquisa em Asma e Inflamação das Vias Aéreas (Nupaiva) por um grupo de estudantes de doutorado e pós-doutorado orientados pela professora e pneumologista do HU Rosemeri Maurici da Silva, coordenadora do Nupaiva.
O trabalho foi apresentado no Congresso SPPT Virtual e foi premiado juntamente com as pesquisas denominadas “Aumento do consumo de cigarros durante a primeira onda da pandemia de COVID-19 no Brasil: prevalência e fatores associados” e “Diabetes concomitante está associado a menor função pulmonar em asmáticos”.
A doutoranda Hellen Fontão Alexandre, que faz parte da equipe que apresentou o trabalho, explicou que este tipo de estudo é importante porque oferece condições de classificar os pacientes e estabelecer diretrizes para o acompanhamento e tratamento das pessoas que têm estas doenças pulmonares obstrutivas. “São pessoas com problemas respiratórios, geralmente idosos fumantes ou ex-fumantes e que são acompanhados pelo Nupaiva”, explicou.
A DPOC é m grupo de doenças pulmonares que bloqueiam o fluxo de ar e dificultam a respiração, sendo que enfisema e a bronquite crônica são as doenças mais comuns deste quadro geral. As lesões aos pulmões causadas pela DPOC são irreversíveis.
Segundo Hellen Fontão, ao orientar na classificação e tratamento da doença, o estudo contribui também no aspecto econômico, uma vez que doenças respitatórias crônicas representam um custo elevado para o sistema de saúde. “Além disso, a pesquisa serve para orientar estudos de outros centros”, acrescentou a doutoranda, que apresentou o trabalho juntamente com as acadêmicas Fernanda Rodrigues Fonseca; Alexania de Re e Ana Paula Adriano Queiroz.