spot_imgspot_img
Florianópolis, 25 novembro 2024
spot_imgspot_img

Estudantes da Udesc criam aplicativo que potencializa investimentos em projetos sociais

TecnologiaEstudantes da Udesc criam aplicativo que potencializa investimentos em projetos sociais
spot_img
spot_img

Compartilhe

Com o objetivo de conectar empresas e organizações da sociedade civil, facilitando transação de investimentos de uma para outra, um grupo de estudantes da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) desenvolveu o protótipo de aplicativo We Match. O trabalho foi feito como parte de um projeto interdisciplinar do curso de graduação em Administração Pública, no do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Udesc, em Florianópolis.

Durante a sétima fase do curso, um projeto interdisciplinar oferece aos alunos um desafio: em grupos, eles devem desenvolver um aplicativo que tenha o potencial de amenizar problemas de gestão pública. Durante o primeiro semestre de 2019, um dos grupos buscou uma maneira de potencializar ações sociais realizadas por organizações não governamentais (ONGs), encontrando uma maneira inovadora para destinar investimentos a elas.

O We Match funciona como uma plataforma de encontro entre empresas – cada vez mais preocupadas em adotar responsabilidades morais e assumir compromissos socioambientais – e projetos sociais. Empresas podem criar perfis com seus valores e interesses e receber um portfólio com sugestões de projetos sociais, cadastrados pelas organizações da sociedade civil, com que podem se identificar.

“Percebemos que as empresas deixam de investir em organizações da sociedade civil porque elas não conseguem mensurar o impacto de seus projetos, o que deixa as empresas desconfiadas da aplicação correta desse recurso”, explica Gabriela Gonçalves, aluna responsável pela gestão de projetos e controle de entrega do trabalho.

Fiscalização

Para evitar a desconfiança das empresas quanto ao uso dos investimentos, o aplicativo também abre espaço para profissionais que desejem se candidatar como fiscais de uso de aplicação dos recursos. Para abrir uma conta, as empresas pagam uma mensalidade – similar a assinaturas em plataformas como Netflix –, que é convertida em remuneração aos fiscais, que podem se candidatar aos projetos com que mais se identificam.

Além das organizações e do profissionais, cidadãos também podem usar o aplicativo, tendo acesso a um ranking das empresas que mais investem em ações sociais. O objetivo é oportunizar a melhora das imagens institucionais das empresas e melhorar seu relacionamento com a comunidade.

Por enquanto, o We Match ainda é um protótipo. Apesar de não estar disponível para usuários, Gonçalves acredita que é um projeto rico e que precisa ser mais explorado. “Pretendemos aprimorar a ideia. Durante a idealização do aplicativo, percebemos diversos potenciais que podem ser explorados nesse campo de coprodução entre os organizações da sociedade civil e o setor privado”.

Equipe

A equipe responsável pelo desenvolvimento do aplicativo We Match foi formada, além de Gabriela Gonçalves, pelas estudantes Bruna Buttemberg, Isabela Barbosa, Izadora Simas e Ana Carolina Alves.

Num trabalho integrado envolvendo as disciplinas Plataformas de Governo Eletrônico (com o professor José Francisco Salm Júnior), Desenvolvimento de Projetos Públicos (Lucas Carregari Carneiro) e Marketing no Serviço Público (Aline Regina Santos), elas criaram um projeto voltado à solução do problema encontrado, desenvolveram o aplicativo e um plano de marketing.