Para facilitar e agilizar a transação de pagamento em uma ação de compra e venda, um grupo de estudantes da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) desenvolveu o protótipo de aplicativo Bawbee. O trabalho foi feito como parte de um projeto interdisciplinar do curso de graduação em Administração Pública, no do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Udesc, em Florianópolis.
Durante a sétima fase do curso, um projeto interdisciplinar oferece aos alunos um desafio: em grupos, eles devem desenvolver um aplicativo que tenha o potencial de amenizar problemas de gestão pública. Durante o primeiro semestre de 2019, um dos grupos se interessou pela temática de economia e finanças, também prestando atenção no problema de sonegação de impostos pela falta de emissão de notas fiscais.
A equipe conduziu uma pesquisa em Florianópolis, aplicando um questionário autoral que coletou 421 respostas de consumidores com mais de 18 anos de idade. Desses, 66,27% não costuma solicitar notas fiscais ao realizar uma compra. A partir daí, pensaram em um aplicativo que fosse capaz de emitir notas fiscais logo após o pagamento, de forma automática.
QR Code e nota fiscal
O Bawbee disponibiliza o pagamento a partir de um QR code – código de barras bidimensional que pode ser escaneado com a maioria das câmeras de telefones celulares – gerado na hora, o que agiliza o processo de compra. O código é exibido na tela de um dispositivo do vendedor e deve ser lido com a câmera do celular do comprador, usando o mesmo aplicativo.
O uso do QR Code é uma das inovações do aplicativo, assim como um serviço de vendas e emissão de nota fiscal eletrônica para pessoas jurídicas, dentro da plataforma. “Pensamos nos micro e pequenos empreendedores, que têm dificuldade para emitir nota fiscal eletrônica”, explica Raquel Ferreira, uma das alunas da equipe que criou o Bawbee. Ela destaca ainda as vantagens de cartões fidelidade e relatórios de despesas incluídos no aplicativo.
Para não abandonar o potencial do aplicativo depois da apresentação do projeto no fim do semestre, as alunas responsáveis pelo Bawbee iniciaram uma busca por programas de incentivo à inovação tecnológica em que possam se inscrever. “Ainda estamos analisando, mas pretendemos dar continuidade ao projeto e disponibilizá-lo em lojas on-line”. Por enquanto, o aplicativo continua apenas como um protótipo e não está disponível ao público.
Equipe
A equipe responsável pelo desenvolvimento do aplicativo Bawbee foi formada, além de Raquel Alonso, pelas estudantes Amanda Nunes, Daniela da Silva Fernandes, Sabrina Maia, e Ytahara Simões do Livramento.
Num trabalho integrado envolvendo as disciplinas Plataformas de Governo Eletrônico (com o professor José Francisco Salm Júnior), Desenvolvimento de Projetos Públicos (Lucas Carregari Carneiro) e Marketing no Serviço Público (Aline Regina Santos), elas criaram um projeto voltado à solução do problema encontrado, desenvolveram o aplicativo e um plano de marketing. O nome Bawbee, de origem inglesa, significa uma moeda de cobre gasta e passou a designar entre os britânicos moedas de grande circulação, pelo baixo valor.