Escolas quebram o habitual e pedem socorro de forma inusitada. Ao invés do ofício formal endereçado normalmente em envelope, as escolas particulares estão enviando para cada deputado uma grande caixa de papelão de meio metro de altura contendo um kit higiene e um relato, em duas folhas, sobre a grave situação em que vivem, clamando por socorro para a solução da crise que se arrasta e atormenta o segmento educacional desde março em decorrência da pandemia. "Nossos problemas não cabem em apenas um envelope", explica professor Marcelo Batista de Sousa, presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina, entidade representante das 1300 escolas particulares do Estado, que empregam cerca de 40 mil trabalhadores e geram cerca de 500 mil matrículas, de creches às instituições de Ensino Superior.
Produzidas cuidadosamente para chamar a atenção dos parlamentares, em cada uma das 40 caixas destas fotos, – de 54cm de comprimento, por 36cm de largura e 27cm de altura -, o vigoroso pedido de socorro tem o propósito de sensibilizar e ter o apoio do Poder Legislativo para a imediata reabertura das instituiões de ensino e pronto reinício das aulas nestes locais.
A volta às aulas, segundo frisa o Sindicato, é possível porque já existe um rigoroso protocolo das autoridades sanitárias, a ser seguido pelos gestores educacionais, garantindo a segurança dos alunos nestes locais. O SINEPE/SC argumenta, citando depoimentos de especialistas, que escola é ambiente seguro e não há risco de transmissão de doenças (clique e leia aqui).
"É uma forma 'diferente', que quebra o habitual, com a intenção de obter a atenção dos deputados e ter nossas expectativas realizadas com a urgência que a situação requer", diz professor Marcelo Batista de Sousa, presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina.