Concedido pelo IMA, o Prêmio Fritz Müller é o principal reconhecimento ambiental do Estado, destinado a projetos e iniciativas que vão além da legislação ambiental e que resultam em benefícios para o desenvolvimento sustentável. O nome do prêmio é uma homenagem ao naturalista alemão Johann Friedrich Theodor Müller, que viveu em Santa Catarina por 45 anos. Participam empresas públicas e privadas, instituições, órgãos governamentais, cooperativas, ONGs, institutos e organizações que atuam em território catarinense, com projetos desenvolvidos no estado. O concurso está dividido em 12 categorias.
Conheça os projetos premiados da Epagri:
Melhora Maçã
Cultivares de maçã da Epagri são produzidos com menos impacto ao meio ambiente (Foto: Aires Mariga)
Vencedor da categoria “Agricultura Sustentável”, o projeto Melhora Maçã consiste no programa de melhoramento genético da macieira, desenvolvido pelas estações experimentais da Epagri em Caçador e em São Joaquim. O projeto foi inscrito no prêmio por um dos pesquisadores do programa, Marcus Vinicius Kvitschal.
Segundo ele, a conquista do prêmio se deve aos cultivares desenvolvidos pela Epagri mais adaptados ao clima de Santa Catarina e mais resistentes às doenças. Nos dois casos, as tecnologias permitem ao produtor produzir frutas com menos agrotóxicos, proporcionando à população o acesso a uma alimentação mais saudável com menor impacto ao meio ambiente.
Revitalização do rio Água Verde em Canoinhas
Iniciado em 2020 em Canoinhas, no Planalto Norte, o projeto venceu a categoria “Recuperação de áreas degradadas”. Ele foi inscrito no prêmio pelo extensionista Juliano de Oliveira e foi desenvolvido em parceria com a Apremavi (Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida).
O projeto atende a uma demanda da comunidade, que sofre com o baixo volume de água do rio Água Verde, afluente do rio Canoinhas. As ações desenvolvidas foram o plantio de árvores nativas para resgatar áreas degradadas, plantio de erva-mate em localidades próximas a cursos de água e educação ambiental nas escolas da região. Segundo Juliano, essa iniciativa é uma das etapas do projeto, que está em andamento.
Até o momento 28 famílias foram beneficiadas, 12,6 hectares de área receberam plantio de 20.350 de mudas de florestas nativas e de erva-mate. “A área recuperada está em pequenas propriedades e a erva-mate também pode auxiliar na renda futura das famílias”, diz o extensionista.
Concurso Caminho da Mata Atlântica
Por meio de desenhos, estudantes da Grande Florianópolis mostraram o conhecimento de cada um sobre a Mata Atlântica (Foto: reprodução de desenho de Juliane Giacomini, estudante de Guabiruba)
Este projeto envolveu o serviço de extensão social dos 24 municípios da Grande Florianópolis e foi o vencedor da categoria “Turismo ecológico e sustentável”. Ele foi inscrito no prêmio pela extensionista Liagreice Cardoso, de Santo Amaro da Imperatriz.
O concurso buscou aproximar a comunidade escolar da Mata Atlântica, presente fortemente no Estado e principalmente na região da Grande Florianópolis. Com o intuito de incentivar a comunidade escolar a conhecer o Caminho da Mata Atlântica, trilha brasileira que, quando finalizada, terá mais de 3 mil quilômetros, o concurso de desenhos e fotos convidou os participantes a desbravarem a diversidade do bioma. Participaram 635 estudantes com desenhos e 117 professores com fotos.
Segundo Liagreice, a iniciativa comprovou a força da extensão social na Empresa e deve ter continuidade na região, visto que teve uma repercussão muito positiva nas escolas.