O vereador Lino Peres (PT) realizou nesta quinta-feira, 12, uma coletiva de imprensa para esclarecer o episódio da foto que circulou pela internet em que ele aparece em uma sessão da Câmara com um site adulto na tela do seu computador.
Assim que ocorreu o incidente, no dia 26 de abril, o parlamentar solicitou providências à Previdência da Câmara que prontamente determinou a investigação no computador. No parecer, o técnico em informática da Casa Legislativa, Marcos Antônio Pacheco, relata que no dia 26/04/2016 o vereador fez o primeiro uso do navegador, constando no histórico uma pesquisa ao Bing, com o teor “pl 257 2016”. Na sequência, segundo o parecer, no período compreendido entre 16h44min e 16h46min são listados 15 sites de conteúdo pornô ou de propaganda forçada. Depois, a lista de sites utilizados volta ao normal.
“Diante do verificado e levando em consideração que o computador do vereador não tinha instalado nem anti-spyware nem antivírus, concluo que o computador do vereador foi vítima de um ataque de vírus”, constatou o técnico Marcos Antônio Pacheco.
O vereador contratou ainda uma análise externa que foi realizada pelo especialista em desenvolvimento de sistemas e arquitetura de web, Ricardo Ghisi Tobaldini. Neste laudo, o técnico também aponta que o vereador realizou pesquisa ao PL 257/2016, acessando o projeto por duas vezes. No entanto, na terceira busca relativa ao tema, mesmo o endereço possuindo elementos direcionados à busca por “pl 257 2016” realizada no Bing, a página exibida continha conteúdo adulto.
“A análise desta cópia levou à conclusão de que os acessos a conteúdo adulto não foram intencionais e tiveram origem em uma busca legítima pelo termo “pl 257 2016” feita através do sítio de busca Bing, que retornou resultados maliciosos, gerados por meio do uso da técnica de Spamdexing, disfarçados como resultados legítimos e coerentes com os termos buscados, induzindo assim o usuário a acessá-los crendo estar sendo direcionado para as informações buscadas”, diz o parecer.
Além dos pareceres técnicos, o vereador Lino Peres solicitou a abertura de Sindicância para apurar quem foi o responsável por tirar e reproduzir a fotografia. A Sindicância foi aprovada e aguarda parecer da Procuradoria da Câmara para iniciar os trabalhos que têm prazo de 30 dias para conclusão. O parlamentar afirmou também que tomará medidas judiciais e que já buscou informações junto à Polícia Federal para que se instaure inquérito para investigar o fato.
As medidas, para o vereador Lino e sua assessoria, são necessárias devido a grande repercussão do episódio que chamou a atenção da mídia nacional e internacional. “Há um dano irreparável. Isso foi um crime. Foi divulgado de forma mentirosa. E vamos investigar quem foi o autor deste ato doloso”, declarou o vereador Lino Peres.