A Sociedade Catarinense de Reumatologia aproveita a data para destacar as doenças reumáticas com maior incidência na população
Diferente do que muitos pensam, o reumatismo não é um tipo de doença, mas sim um conjunto de mais de 120 enfermidades. Popularmente conhecidas como reumatismo, as doenças reumáticas representam um conjunto de diferentes doenças que acometem o aparelho locomotor, ou seja, ossos, articulações (popularmente conhecidas como “juntas”), cartilagens, músculos, tendões e ligamentos. Marcado pelo dia 30 de outubro – Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo -, a Sociedade Catarinense de Reumatologia (SCR) faz um alerta sobre o cuidado com a saúde, destacando as doenças mais comuns e a importância do diagnóstico precoce.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, mais de 15 milhões de brasileiros sofriam de alguma doença reumatológica em 2018. Entre as doenças mais populares, estão a artrite reumatoide, osteoporose, artrose, gota, lúpus, tendinites e bursites. “Essas são as com maior prevalência. É importante lembrar que cada uma tem as suas características próprias, causa e tratamento específico, mas que todas podem acometer pessoas de qualquer idade, até mesmo crianças”, explica a vice-presidente da SCR, a médica reumatologista Adriana Zimmermann, de Florianópolis.
Para a reumatologista e presidente da SCR, Mara Suzana Cerentini Loreto, de Blumenau, o diagnóstico precoce é importante em todas as especialidades médicas, mas com uma particularidade na reumatologia, já que o tratamento tardio pode causar deformidades e limitações dos movimentos articulares. “Há pesquisas que comprovam que o paciente geralmente passa por três médicos, em média, até o diagnóstico correto. Esse 'caminho' até o reumatologista normalmente começa no clínico geral ou ortopedista, e pode levar até três anos. É importante que a população esteja informada para procurar o especialista adequado o quanto antes”, ressalta a médica.
O cuidado e o manejo das doenças reumáticas inclui tratamentos diversos (com a utilização de práticas integrativas e complementares, exercícios, terapia física, entre outros) e tratamento farmacológico (com o uso de medicamentos). “Vale reforçar que uma resposta satisfatória ao tratamento vai depender muito do tempo de diagnóstico e do empenho do paciente, incluindo o uso correto dos medicamentos e os hábitos de vida dele”, lembra a presidente da Sociedade Catarinense de Reumatologia.