spot_imgspot_img
Florianópolis, 23 novembro 2024

Dia Internacional da Mulher: empoderamento feminino no cinema

DiversosDia Internacional da Mulher: empoderamento feminino no cinema
spot_img
spot_img

Compartilhe

O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 08 de março, é uma data representativa da luta feminista em busca dos sus direitos. Esse dia ficou reconhecido mundialmente como uma data associada à luta por direitos igualitários em uma perspectiva de gênero a partir de 1975, ano em que a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Ano Internacional da Mulher.

Vários são os instrumentos que visam proteger os direitos das mulheres, como a Convenção da ONU sobre a Eliminação de Todas as Formas de discriminação, mas as mulheres ainda são alvo de constante preconceito em razão do gênero.

Isso dificulta a sua participação na vida política, social, econômica e cultural nas mesmas condições em que os homens, o que representa um obstáculo ao pleno desenvolvimento das potencialidades das mulheres.

Mesmo diante desse cenário de discriminação, as mulheres têm ocupado espaços importantes na sociedade e, cada vez mais, mostrado o protagonismo e empoderamento feminino na luta por uma sociedade mais igualitária. No cinema, temos vários exemplos de grandes mulheres que mudaram a história e vários filmes que trazem mulheres em papeis inspiradores.

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, vamos refletir sobre a importância de construímos uma sociedade justa e igualitária assistindo a grandes filmes sobre grandes mulheres?

Estrelas Além do Tempo (2016)

O filme, que chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme, conta a história real de Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson, três mulheres negras responsáveis por feitos históricos na NASA, a Agência Espacial Americana. Katherine, por exemplo, calculou à mão o lançamento de John Glenn, primeiro astronauta a entrar na órbita da terra. As três, juntas, ajudaram a calcular a trajetória de voo do Projeto Mercury e do Apollo 11 e hoje são figuras reconhecidas no avanço das conquistas espaciais.

Histórias Cruzadas (2011)

Histórias Cruzadas se passa uma pequena cidade no estado do Mississipi, nos anos 60. Skeeter é uma garota branca da alta sociedade, determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Desagradando a todos, juntas, elas constroem o relato de uma sociedade racista e conseguem mostrar a força e a superação da mulher negra.

Que Horas Ela Volta? (2015)

Um grande sucesso do cinema brasileiro, o filme conta a história de Val, empregada doméstica que, depois de deixar a família no interior de Pernambuco e passar anos trabalhando como babá e empregada doméstica em São Paulo, recebe a filha na casa dos patrões. O filme aborda um tema complexo e bastante comum na sociedade brasileira, o trabalho doméstico baseado na exploração. Fala ainda da transferência do trabalho doméstico de uma mulher para outra, situação que representa emancipação mas, ao mesmo tempo, acaba agravando a desigualdade social entre mulheres.

Nise: O Coração da Loucura (2015)

O filme conta a história real de Nise da Silveira, uma das mais importantes médicas psiquiátricas do Brasil, que lutou por um tratamento mais humanizado aos doentes mentais. Nise foi revolucionária ao combater o uso do eletrochoque e da lobotomia e propor novas formas de tratamento, como a arte e o uso de animais para melhorar o bem-estar dos pacientes. Sua importância foi tanta que até hoje seu trabalho é reconhecido internacionalmente.

Suprema (2018)

O filme, baseado na história real de Ruth Bader Ginsburg, mostra sua trajetória como uma das primeiras mulheres a entrar na Faculdade de Direito de Harvard. Ruth enfrentou o machismo dos anos 1950 e 1960 quando tentou encontrar emprego, sendo recusada pelos principais escritórios de advocacia. Na função de professora, ela se especializou em direito relacionado ao gênero, decidindo atacar o Estado norte-americano para derrubar centenas de leis que permitem a discriminação às mulheres. Ela se tornou juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos.

Camila Santiago, docente do curso de direito da Estácio.