Uma Lei Federal define o 5 de fevereiro como Dia Nacional da Mamografia, exame essencial para a detecção do câncer de mama. Segundo estimativa do Inca, apenas em 2018 foram identificados 59.700 novos casos da doença no Brasil. "O Outubro Rosa está consolidado e representa um momento importante para a discussão sobre a doença. Mas o alerta em outros períodos do ano também é válido. Todo trabalho de conscientização ajuda", diz a radiologista Cristina Marques Barreto, da Clínica Imagem.
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), mulheres devem fazer a mamografia a partir dos 40 anos (pacientes com histórico familiar da doença podem ser orientadas pelo mastologista a antecipar o acompanhamento). A avaliação deve ser anual. "O exame periódico aumenta as chances de diagnóstico precoce", diz Cristina. Ela explica que a detecção do tumor em estágio inicial possibilita o uso de tratamentos menos agressivos e aumenta as chances de sucesso no combate à doença.
A mamografia é a opção mais simples de monitoramento das pacientes, mas não é usada de forma isolada. Antes mesmo do exame a mulher precisa ser avaliada por um mastologista, que faz o exame clínico das mamas. Além disso, quando são identificados sinais de alerta nas imagens da mamografia (calcificações ou nódulos, por exemplo), pode haver a necessidade de realização de biópsias que confirmem ou excluam o diagnóstico da doença.
Há uma série de fatores – ambientais, genéticos e hormonais – relacionados ao aparecimento do câncer de mama, o que torna a prevenção bastante complexa. A adoção de hábitos saudáveis, porém, pode ser importante para proteger a saúde da mulher. O Inca lista como medidas benéficas a prática de atividade física, a alimentação saudável, a manutenção do peso corporal adequado e a redução do consumo de bebida alcoólica. A amamentação ajuda a proteger a saúde das mamas.
