spot_imgspot_img
Florianópolis, 25 fevereiro 2025

Deputado Moacir Sopelsa afirma que é uma decisão equivocada do governo aumentar ICMS

PolíticaDeputado Moacir Sopelsa afirma que é uma decisão equivocada do governo aumentar...
spot_img

Cidades Invisíveis se une à cultura no Carnaval 2025

Mulheres do Coletivo Costura Perifa, do Instituto, customizam abadás...

Jurerê OPEN promove Carnaval com programação para as crianças

Haverá bailinho, blocos de marchinhas, oficina de máscara, camarim...
spot_img

Compartilhe

Parlamentar trabalha para reverter a situação que é muito ruim para a economia de Santa Catarina 

O presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo, deputado Moacir Sopelsa (MDB) está articulando uma reunião conjunta entre a Comissão de Finanças e as Frentes Parlamentares da Alesc para segunda-feira, dia 5. “Estou sugerindo um novo encontro com as lideranças do setor e o secretário da Fazenda, Paulo Eli para encaminhar uma solução rápida para esta questão do ICMS sobre os defensivos agrícolas, se for necessário, podemos realizar uma Audiência Pública na terça-feira, dia 6”, explica Sopelsa.

A decisão de mudança na tributação sobre os defensivos agrícolas, voltando a alíquota do imposto para 17%, gerou preocupação nas entidades ligadas ao agronegócio catarinense. Ao tomar conhecimento da decisão do governo do estado, o deputado Moacir Sopelsa intensificou o trabalho para sensibilizar as autoridades estaduais e reverter a questão.

“É uma medida equivocada do governo. O governo pensa em proibir o uso dos defensivos agrícolas, e não tem como proibir. Pois, não há produção sem o uso de defensivos, vivemos outros tempos e o uso vai ser da mesma forma. O estado vai perder de vender. A diferença do imposto – com 17% em Santa Catarina e no Paraná e no Rio Grande do Sul entre 3,8 e 4%, teremos um imposto aproximadamente 13% mais caro em Santa Catarina. Com isso, quem tem mais poder de compra vai comprar fora. Basta atravessar o Rio Uruguai e comprar no Rio Grande do Sul e atravessar a divisa com o Paraná e comprar lá”, aponta Sopelsa.

“Esta decisão vai encarecer toda a cadeia produtiva do agronegócio: grãos, carne e leite. Santa Catarina perde em competitvidade, todo o setor agropecuário que tenha comércio destes produtos, incluindo os produtos de ração animal, e a pecuária de corte e de leite, também estão sendo sacrificadas com esta alícota de 17%”, alerta Sopelsa.

O parlamentar chama atenção que a medida de aumento do ICMS isola Santa Catarina. Num primeiro momento, um número menor de pessoas vai pagar a conta, até se adequar e depois disso, quem vai pagar a conta vai ser o produtor e o consumidor. “O governo precisa repensar a medida e se adequar até a próxima reunião do Confaz. Não somos uma ilha, Florianópolis é uma ilha, as demais regiões estão no conjunto do Estado. Para se ter uma ideia, a produção de um hectare de soja deve ficar R$ 170,00 mais caro. Se você pegar a saca de soja a R$ 70,00 , será preciso aproximadamente duas sacas e meia, somente para cobrir esta diferença”, exemplifica.

O agronegócio é a força da economia catarinense, e a agricultura tem uma função que além de econômica é também social. “O governo tem se mostrado aberto ao diálogo e ao entendimento, espero que mais uma vez, possamos encontrar a melhor saída para esta questão que está causando um grande descontentamento no setor.”

O parlamentar destaca que no debate realizado na Alesc, ficou acertado que no mês de agosto, com os chamados projetos de rescaldo, os deputados e o governo seguiriam conversando  e analisando os ajustes que precisam ser feitos para corrigir as questões que possam prejudicar alguns setores, oferecendo isonomia e segurança jurídica. “O governo não precisava passar por este desgaste, bastava aguardar um pouco os outros estados e a situação estaria encaminhada. Agora é preciso repensar, enquanto o Rio Grande do Sul, o Paraná e o Mato Grosso do Sul manterem as taxas entre 3,8 e 4%, em Santa Catarina não pode ser diferente. Ou seja, este é um desgaste desnecessário para o governo”, enfatiza.