Foram sorteados nesta quarta-feira, 22, os três maricultores de Florianópolis que farão um intercâmbio na Europa a partir do dia 12 de maio. A viagem de 15 dias rumo à Bourcefranc-le-chapus, uma das principais regiões produtoras de ostras do litoral da França, é resultado de um termo de cooperação técnico firmado entre a Prefeitura e a Escola Liceu do Mar e do Litoral. As informações são da Secretaria de Comunicação do Executivo Municipal.
Estes são os três primeiros de um total de 12 maricultores que devem passar pelo intercâmbio até o final de 2016. A seleção leva em conta a apresentação dos documentos exigidos, entre eles que os maricultores comprovassem ter registro de aquicultor e contrato de cessão de uso de águas públicas da União para fins de aquicultura.
Na escola, eles irão conhecer novas técnicas na área, que levam, por exemplo, uma região com condições adversas para o cultivo, a produzir 140 mil toneladas do molusco por ano frente aos 4 mil produzidos em Florianópolis.
O quê prevê o projeto:
– Até 2016, 12 maricultores de Florianópolis devem ir à região de Bourcefranc-le-chapus para capacitação;
– No retorno, os sorteados irão repassar o aprendizado aos demais produtores da cidade em palestras e workshops. A intenção é que a primeira ocorra na próxima Fenaostra;
– Da mesma forma que em Florianópolis, produtores da França também devem vir à Capital conhecer a produção no mesmo sistema de intercâmbio.
Quem são os primeiros sorteados:
Nei Leonardo Nolli , 43 anos, da Ponta do Sambaqui
Agrônomo desde 1994, Nei trabalha com produção de ostras no Norte da Ilha há 19 anos. Tem uma microempresa e ela é sua única fonte de renda. Nunca foi para o exterior e tentou passar pela mesma seleção há 10 anos, mas não foi sorteado.
Ruy Avila Wolf, 51 anos, do Campeche
Trabalha na Fazenda Marinha Atlântico Sul, no Campeche, e está na profissão há 20 anos. Como agrônomico e amante do mar e da pesca, resolveu apostar na produção de ostras quando ela ainda estava começando na Ilha. É o único sorteado que já foi para França a estudo e pretende trazer o novo aprendizado para a empresa.
Klaus Nelson Ferreira, o Cacau, 43 anos, do Ribeirão da Ilha
Exerce a profissão sozinho em um rancho na geral do Ribeirão da Ilha há 20 anos. Apesar das dificuldades, diz ter paixão pela profissão e que esta primeira viagem ao exterior poderá mudar o cenário vivido em Florianópolis.