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Florianópolis, 5 fevereiro 2025
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Debate na FIESC aponta desindustrialização relativa em Santa Catarina

NegóciosDebate na FIESC aponta desindustrialização relativa em Santa Catarina
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Algumas evidências do processo de desindustrialização sofrido por Santa Catarina foram apresentadas em painel promovido pelo Sistema FIESC nesta quinta-feira, 19, durante a Jornada Inovação e Competitividade, em Florianópolis.

A prévia de um estudo conduzido pelo departamento de Economia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a pedido da FIESC, aponta quedas na participação da indústria no Produto Interno Bruto do Estado (PIB) e em relação ao emprego. No entanto, o fenômeno tem intensidade diferente, dependendo do setor, e há diversos casos de empresas que continuam se destacando.

Segundo o estudo, a desindustrialização ocorre de maneira absoluta em setores como setor madeireiro e de móveis; e de maneira relativa em setores como alimentos, têxteis, máquinas e equipamentos , calçados e cerâmicos. Em todos os demais setores não foram encontrados indícios relativos à queda na participação do valor da transformação industrial no PIB catarinense, percentual de trabalhadores e adensamento industrial.

Entre 1996 e 2009, a indústria de transformação passou de 26,1 para 22,3% sua participação no PIB de Santa Catarina. Efeito semelhante aconteceu em relação ao percentual de trabalhadores da indústria, em relação ao total de pessoas empregadas no Estado (de 33% para 29%).

Apesar da desindustrialização também ser uma realidade nos países desenvolvidos, que passam a concentrar mais seu PIB no setor de serviço, o problema do Brasil é sofrer a chamada “desindustrialização precoce”, sem que a indústria tenha cumprido seu papel no desenvolvimento do país.

Apesar desse quadro, a apresentação de outros palestrantes mostrou alternativas para aumentar a competitividade das indústrias do Estado. Um dos exemplos foi apresentado pelo presidente da Fundição Tupy, Luiz Tarquínio Ferro.

Apesar da concorrência com os produtos chineses – que, segundo ele, chegam a vender produtos no Brasil mais baratos até que o valor pago pelo ferro-velho – a empresa continua exportando 50% de sua produção.


Foto: Marcus Quint