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Florianópolis, 22 novembro 2024

Criminalidade do norte da ilha é tema de audiência pública na Câmara Municipal

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O aumento desordenado do norte da ilha e suas consequências em relação à segurança pública tem sido tema recorrente em todas as esferas do poder público de Santa Catarina. A demanda, que já foi discutida na Assembleia Legislativa, também tem sido frequente no gabinete da vereadora Maryanne Mattos, proponente da audiência pública realizada pela Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Pública, na tarde da última quinta-feira (4) na Câmara Municipal.

“O que nos motivou a realizar esta reunião foram os inúmeros pedidos por parte dos moradores que reclamam de furtos, assaltos e da insegurança de um modo geral. É um assunto que temos que debater sim, unir forças e identificar de que forma a gente pode ajudar. Eu que sou da área da segurança pública, sei que é um trabalho a ser feito em qualquer região da cidade em que só com uma integração entre as instituições, conseguiremos resolver o problema. Não estamos para apontar erros e sim para encontrarmos soluções para que as pessoas se sintam mais seguras”, afirma a parlamentar que pediu licença da Guarda Municipal para assumir a cadeira na CMF este ano.

promotor do Ministério Público, Dr. Daniel Paladino, destacou que o aumento desordenado não causa apenas a violência, o tráfico de drogas, mas afeta também a condição humana, pela falta de assistência do Poder Público, que hoje se encontram sem condições mínimas de dignidade humana. “Temos cobrado políticas de moradia popular, inclusive temos instaurado um inquérito civil em relação à Comunidade da Lajota que tem expandido de uma forma muito grande e que nos preocupa, porque as pessoas (da comunidade) vivem em condições mínimas de sobrevivência. Mas penso que esta aliança esta união de todos tende a criar mecanismos que a gente possa enfrentar os diversos problemas que tem no norte da ilha, a começar pela questão ambiental que gera, também, problemas de ordem humana”, ressalta.

De acordo com a delegada Michele Alves Corrêa Rebelo, diretora de Polícia da Grande Florianópolis, o projeto Operação Verão contará com o atendimento da “Sala Lilás”, projeto da Polícia Civil, no norte da ilha, que contará com atendimento especializado e acolhedor à mulher . Ela também apontou que as operações serão de forma integrada com a Guarda Municipal, pois conforme sua experiência em ações realizadas nas últimas temporadas no litoral de Palhoça, contribuiu para reduzir o índice de delito. “Tanto as blitz de lei seca quanto às de fiscalização inibem as pessoas de má índole”, ressalta.

O encontro ocorreu de forma híbrida e contou com a presença de representantes da Guarda Municipal, da Polícia Civil, dos Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg) e vereadores.

Os encaminhamentos da reunião serão feitos pela Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Pública, da CMF.  Dentre eles, solicitar, via requerimento, uma audiência pública para tratar do assunto pessoas em situação de rua; solicitar o aumento de blitz; fortalecer programas de conscientização acerca da temporada de verão; solicitar o retorno da “trilha segura”; reforçar a fiscalização do comércio e moradia irregular; solicitar à Prefeitura o monitoramento eletrônico da região; solicitar aumento de efetivo da Guarda Municipal e da Polícia Militar para atender as demandas.

Por esta Comissão, também já foram tratadas em audiências públicas, solicitadas pela vereadora maryanne Mattos, demandas sobre a perturbarção do sossego, que resultou em um Projeto de Lei protocolado pela parlamentar nesta quinta-feira (04), sobre a retomada econômica do centro-leste e o edital dos ambulantes para o verão 2022. 

Foto: Ver. Maryanne Mattos preside audiência publica sobre criminalidade no norte da ilha. Créditos: Édio Hélio Ramos