A Prefeitura de Florianópolis entregou à comunidade da Vila Aparecida, na região continental, o Núcleo de Educação Infantil Municipal Professora Antonieta de Barros (1901-1952). A unidade educacional tem capacidade para atender em média 240 crianças em 13 salas.
A área construída é de quase 1.700 metros quadrados e o investimento financeiro na obra foi de R$ 4, 3 milhões. Nos dois pavimentos do prédio há salas de atendimento e salas de multiuso. No superior, ficam o setor administrativo e hall, enquanto que no inferior estão a cozinha, sala de serviços e refeitório.
Em regime integral, o atendimento às crianças é das 7h30 às 18h30. O Neim está localizado na Rua Nossa Senhora Aparecida, Coqueiros.
Dados da obra
– Nome da unidade: Neim Antonieta de Barros
– Capacidade média de crianças atendidas: 240
– Regime: atendimento em integral
– Número total de salas de atendimento: 13 salas
– Investimento financeiro na obra: R$ 4.382.000,00
– Área do terreno: 1.911,80m²
– Área construída: 1.699,68m²
– Pavimentos: 2
– Pavimento superior: administrativo, hall, salas de atendimento e sala multiuso.
– Pavimento inferior: cozinha, serviços, refeitório, salas de atendimento e salas multiuso.
Quem foi Antonieta de Barros?
Mulher negra, Antonieta de Barros nasceu em Florianópolis em 11 de julho de 1901. Concluiu em 1921, aos 17 anos, a Escola Normal Catarinense.
No ano seguinte, fundou o Curso Particular Antonieta de Barros, dedicado à alfabetização de pessoas carentes. O curso foi dirigido por ela até sua morte e fechado em 1964.
No atual Instituto Estadual de Educação, entre os anos de 1933 e 1951, foi professora de Português e Literatura, assumindo a direção do estabelecimento de ensino de 1944 a 1951, quando se aposentou.
Antonieta de Barros tornou-se a primeira deputada estadual negra do país e primeira deputada mulher do estado de Santa Catarina. Foi eleita em 1934 pelo Partido Liberal Catarinense. Como constituinte em 1935, ficou encarregada de relatar os capítulos Educação e Cultura e Funcionalismo.
Esteve na Assembleia Legislativa até 1937, quando essa casa foi extinta por conta da ditadura do Estado Novo. Esse regime foi instaurado pelo presidente da República Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937 e vigorou até 31 de janeiro de 1946. Era caracterizado pela centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e por seu autoritarismo.
Com o término do regime ditatorial, candidatou-se pelo Partido Social Democrático e foi eleita novamente em 1947, desta vez como suplente.
Exigiu concurso para o provimento dos cargos do magistério, sugeriu formas de escolhas de diretoras e defendeu a concessão de bolsas para cursos superiores a alunos carentes.
Fundou e dirigiu o Jornal A Semana entre os anos de 1922 e 1927. Nesse periódico, debatia temas ligados às questões da educação e dos desmandos políticos.
Dirigiu ainda a revista quinzenal Vida Ilhoa, em 1930. Com o pseudônimo de Maria da Ilha, ela escreveria o livro Farrapos de Ideias, em 1937. Antonieta de Barros faleceu em março de 1952.
Com informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura da Capital.