A partir de quinta-feira, 8, a CPI dos Táxis da Câmara de Vereadores de Florianópolis voltará a tomar depoimentos. A última sessão ocorreu sexta-feira, 2, quando foi ouvido, pela segunda vez, Joaquim Rogério Matos, que presidiu o Sindicato dos Taxistas de 2001 a 2007. As informações são da assessoria de comunicação da Câmara.
Outros três convocados não compareceram à sessão: Ricardo Knies, apontado como secretário de Isaías Gomes dos Santos, e Cristiano dos Santos foram representados pelo advogado Orlando Antônio Rosa Jr., que afirmou que ainda não teve as cópias dos autos e que, por isso, os seus clientes não estiveram presentes na sessão. Já o ex-médico do Sindicato dos Taxistas, Franco Luciano Gorski, encaminhou documento solicitando que o seu depoimento ocorra na próxima semana devido a problemas pessoais. Os três depoentes vão ser novamente notificados.
O depoimento de Matos foi marcado por momentos tensos. Entre as declarações, ele afirmou que preferiu comprar um veículo em maio deste ano direto de Silvio Gomes dos Santos, irmão do empresário Isaías Gomes dos Santos, acusado de ter a concessão de cerca de 60 placas de táxis na Capital.
O depoente confessou ainda que Isaías continua administrando o táxi do qual tem a permissão. Na primeira vez que foi ouvido pela CPI, no dia 14 de julho, Joaquim afirmou não ter nenhum tipo de negociação com o Isaías Gomes dos Santos, declaração que contradisse neste novo depoimento.
O presidente da CPI, vereador Guilherme Pereira, garantiu que todos os familiares de Isaías Gomes dos Santos, que têm concessão de táxis, vão ser convocados.
Desta forma, o ex-presidente do Sindicato dos Taxistas pagou em espécie R$ 20 mil, mesmo tendo o benefício do governo que garante aos permissionários de táxis adquirir um novo carro com 20% de desconto. Joaquim disse não ter interesse no plano oferecido pelo governo federal.
Logo depois, o relator da CPI, Tiago Silva, perguntou se o depoente conhecia Fernando Nunes, que entrou na Justiça do Trabalho contra Isaías Gomes dos Santos. Em um primeiro momento, Matos disse que não tinha como responder por quê isso aconteceu. Mais tarde, admitiu que na época passou a administração do seu veículo para Isaías dos Santos e que, por isso, o motorista entrou com processo contra o empresário.