A Comissão Parlamentar de Inquérito dos Táxis da Câmara Municipal de Florianópolis realizou nesta sexta-feira, 5, mais um sessão em que dois envolvidos foram ouvidos. As informações são da Secretaria de Comunicação da Prefeitura Municipal.
O primeiro depoimento foi de Wilson Vergílio Real Rabelo que admitiu ter comprado um táxi direto da esposa do empresário Isaías Gomes dos Santos, acusado de ter cerca de 60 placas de táxis na capital. Wilson Rabelo alegou que a negociação da venda do veículo foi feita por meio de Ricardo Knies que se apresenta como secretário de Isaías Gomes dos Santos, segundo a investigação. Ainda segundo o depoente, Ricardo Knies é responsável também por efetuar a defesa das multas dos taxistas.
No segundo depoimento, o permissionário Glauco Augusto Vieira também revelou que comprou no dia 20 de dezembro de 2012 um veículo direto de Isaías Gomes dos Santos. Segundo o depoente, ele optou em comprar direto do empresário, mesmo tendo redução do IPI se comprasse em uma concessionária, porque a loja só entregaria um novo carro dentro de 120 dias e Isaías tinha o carro a disposição, além de ganhar o prazo de 45 dias para o pagamento no valor de R$ 38 mil.
O terceiro intimado, Cristiano dos Santos, não compareceu e vai ser novamente convocado pela CPI. Apesar disso, o presidente da Comissão, vereador Guilherme Pereira (PSD) ressaltou que os depoimentos desta semana foram muito esclarecedores e que os integrantes da CPI ficaram surpresos ao saber que além de permissionário e mecânico, Isaías dos Santos também revende veículos.
Guilherme Pereira garantiu ainda que a CPI deve ser prorrogada já que muitas pessoas ainda precisam ser ouvidas na busca por identificar todas as irregularidades e assim propor para a Prefeitura um sistema de concessão mais eficaz e transparente.