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Florianópolis, 2 janeiro 2025
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CPI dos Radares ouve guarda municipal de Florianópolis preso no RS em 2014

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A Comissão Parlamentar de Inquérito dos Radares da Câmara Municipal de Florianópolis ouviu nesta quinta-feira, 5, o guarda municipal Jean Carlos Viana Cardoso. O agente foi detido pela Polícia Rodoviária Federal no Rio Grande do Sul, em setembro de 2014, junto com dois outros servidores da Prefeitura de Florianópolis com cerca de R$ 100 mil e um contrato aditivo para a empresa Kopp, responsável pelo sistema de radares na Capital. O fato culminou na Operação Ave de Rapina, deflagrada pela Polícia Federal em novembro do ano passado, que denunciou as fraudes no sistema de radares, objeto de investigação da CPI. As informações são da Assessoria de Imprensa da Câmara de Vereadores.

Em quase duas horas de depoimento, Jean Carlos Viana Cardoso, que na época da detenção era comandante da Guarda Municipal de Florianópolis, respondeu todas as perguntas e enfatizou em vários momentos não ter envolvimento com nenhum delito e que não sabia que havia dinheiro no veículo durante a viagem a Porto Alegre. “Eu estava na hora errada, no lugar errado”, garantiu.

O depoente afirmou que foi viajar a pedido do amigo e também guarda municipal, Júlio Pereira Machado, para revezar na direção do carro e que se espantou ao saber pela PRF que tinha alguma quantia em dinheiro no veículo. Segundo Jean, ao indagar o colega sobre a apreensão, Júlio explicou que o valor encontrado era para doação de campanha.

Jean Carlos Viana Cardoso começou a trabalhar em órgãos públicos em 1999 na Aeronáutica. Em 2004 entrou para a Guarda Municipal, chegando a comandante em 2013. Segundo ele neste período não respondeu a nenhum processo administrativo e sempre teve uma conduta idônea. Ainda de acordo com o depoente, logo que ocorreu o fato no Rio Grande do Sul, ele comunicou seus superiores, sendo exonerado dois dias depois.

O guarda municipal chegou a ser preso em novembro de 2014, mas foi solto 21 dias depois. Em dezembro não foi denunciado pelo Ministério Público e teve o processo arquivado pela justiça. Na CPI dos Radares, o intimado deixou claro que prestar o depoimento é uma oportunidade para provar mais uma vez sua inocência e que está à disposição para contribuir no que for necessário.

Outros supostos envolvidos, entre eles Júlio Pereira Machado e os empresários presos pela Polícia Federal, também foram intimados para depor. Mas, antes de agendar a oitiva o presidente da CPI dos Radares, vereador Vanderlei Farias (PDT), vai à justiça pedir autorização para que os intimados possam comparecer à Câmara, já que os mesmos estão proibidos de entrar em prédios públicos. Caso não seja concedida a autorização, a oitiva vai ser realizada em outro local ainda a ser definido. A expectativa é que as próximas audições aconteçam na semana que vem.