Em 40 minutos de barco é possível chegar à Costa da Lagoa, localidade sossegada para o mergulho e banhos de cachoeira
A maior parte das gaivotas que voam sobre a Lagoa da Conceição é nativa. Mas aquele mergulhador que toma banho na Costa da Lagoa paramentado com máscara e pé de pato veio de longe. François Rondeau, 59 anos, além de ser francês, rodou bastante antes de fixar-se na Costa da Lagoa, onde mora há cerca de dois meses.
Até aposentar-se, era professor de seu idioma e trabalhou por toda a Europa, Ásia, África e até Brasil, no Rio de Janeiro, em 2006. Voltou à Europa e, no ano seguinte, quando veio visitar o Brasil, telefonou para um amigo, que se mudara para uma cidade da qual ele nunca havia ouvido falar: Florianópolis. Ele resolveu conhecer e acabou ficando.
– A cidade me lembra as vilas de pescadores da França. Eu morava na Bretanha e tem bastante a ver com aqui – explica.
Ele pode ter morado em vila de pescadores, mas foi na África que aprendeu uma das técnicas que o ajuda a se ambientar na cidade: jogar a rede de pesca.
Ali perto, na cachoeira, Bruna de Oliveira era uma das cerca de 30 pessoas que recebiam do domingo ensolarado o “sejam bem-vindos”. Paulista, veio à cidade para participar de um encontro de dança e interiorização e aproveitou para exercer a atividade ali mesmo. Ela deitou-se e quase abraçou as pedras, cantou e prometeu voltar.
(DC, 14/12/2009)