Nenhum conto do nosso rico folclore consegue ser mais prejudicial ao cidadão florianopolitano do que aquele em que o SINTRASEM, pretenso representante dos servidores públicos municipais, se considera "dono" dos destinos da Capital e de quem mora nela.
Nessa lamentável história em que o cidadão de bem sempre se dá mal, referido sindicato, antagonista da população, desafia leis e decisões judiciais no intuito de manter intactos os privilégios de seus ditos representados, mesmo que isso se dê tolhendo o direito de ir e vir de quem não é beneficiário dessas benesses ou impedindo-os de obter do Poder Público a solução dos problemas do dia a dia.
Dessa vez os prejudicados pelo comportamento nada democrático do SINTRASEM são os milhares de alunos da rede escolar mantida pela Prefeitura, cujo direito constitucional de educação é solenemente rasgado sem que nenhuma punição seja vislumbrada. Assim, futuras gerações de florianopolitanos perdem minutos preciosos de desenvolvimento enquanto estudantes da rede privada se preparam para um amanhã cada vez mais desafiador.
Quem, além do SINTRASEM, pode ser tão dissociado da realidade a ponto de acreditar que as medidas de combate à Covid-19 só têm êxito nos ambientes escolares mantidos pela iniciativa privada?
É, como não cansamos de apontar, uma minoria de pessoas indignas de engrossar as fileiras do serviço público, potencializando sua insensibilidade para com aqueles a quem, por dever legal, se comprometeram a trabalhar. Hoje nossas crianças (e seus pais) são as mais prejudicadas, mas, a julgar pela impunidade reinante, é de se perguntar: quem, em um futuro não muito distante, será o alvo dos defensores de privilégios que só beneficiam essa minoria, mas que são bancados pelo suor do trabalho de todos nós?
A sociedade civil organizada e ciosa de seus direitos e deveres, da qual faz parte a CDL de Florianópolis, exige dos Poderes constituídos o urgente restabelecimento do respeito à legislação, às decisões judiciais e à coisa pública em todos os seus aspectos, notadamente em favor de quem mais precisa da ação estatal e hoje se encontra refém das veleidades de um sindicato. É inaceitável que a Ilha da Magia seja, para parcela significativa da população, a Ilha da Desesperança.
Diretoria
Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis
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