Oficina cultural promove a inserção social e o senso de pertencimento por meio de adaptação do Patinho Feio
Um ano depois de lançar o livro “Você Mulher Ainda Melhor”, onde induz a transformação por meio do exemplo de lideranças femininas, Ana Lavratti volta à cena com um clássico da literatura: uma adaptação para 2022 do conto O Patinho Feio, obra de domínio público escrita por Hans Christian Andersen em 1843. Com mestrado em Estudos da Tradução, pela UFSC, a jornalista deu novo ritmo à narrativa, inserindo elementos do nosso tempo – como videogame, celular e redes sociais – sem perder o fio da trama, o caminho a ser trilhado em busca do nosso lugar de pertencimento. De 7 a 29 de março, o livro será o ponto de partida para as Oficinas Culturais “Contos que Curam”, ministradas na Casa da Criança, instituição com mais de 30 anos no Morro da Penitenciária, na Associação Catarinense para Integração do Cego (ACIC) e na Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE).
Selecionado pelo Edital Aldir Blanc 2021 – executado com recursos do Governo Federal e Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural, por meio da Fundação Catarinense da Cultura, o projeto reúne um time de grandes profissionais. Após ter a oficina “Contos que Curam: o poder dos contos para enxergar o que a alma esconde” aprovada entre mais de 700 inscritos, Ana Lavratti reuniu três mulheres com talento, sensibilidade e experiência com deficientes visuais. A artista plástica Adri Volpi já foi voluntária na AJIDEVI e ACEVALI, em Joinville e Blumenau, e pintou as aquarelas que ilustram o livro. A designer Marcela Fehrenbach criou as capas de três livros em braile de Érico Veríssimo, lançados em 2005. E a coach e contoterapeuta Vilca Damiani foi contadora de histórias na ACIC, por meio do instituto Voluntários em Ação.
Autora de oito livros, Ana Lavratti migrou do jornalismo para a literatura justamente com um projeto beneficente. Sua obra de estreia, “Seus olhos, depoimentos de quem não vê como você nunca viu”, teve a renda de 5 mil exemplares direcionados para a ACIC. Desde então, vinha fazendo palestras em colégios, acompanhada por um diretor e um professor da Associação Catarinense para Integração do Cego, abrindo os olhos da sociedade para o respeito às diferenças e a inserção social. No Ato Cívico da Escola Internacional Unisociesc, por exemplo, a apresentação foi acompanhada pela íntegra dos alunos. Passados 20 anos, ela volta a beneficiar a ACIC, com a renda da adaptação de “O Patinho Feio” destinada à nova biblioteca da entidade.
“Os contos transcendem a razão. Despistam nossos escudos e falam direto com a coração. Por meio de parábolas e mitos, sutilmente, sem ser vistos, levam o ouvinte a rever a própria história, reorganizar pensamentos, vislumbrar soluções”, explica Ana Lavratti, que descobriu o potencial dos contos para a cura na formação em Contoterapia, no Instituto Ipê Roxo. Para tornar a mensagem ainda mais efetiva, o projeto ganhou um hino: a música “Preconceito, não aceito” com letra de Ana Lavratti, arranjos e interpretação de Rute Gebler e Cristiano Mendonça. Além do livro impresso, “O Patinho Feio” adaptado para 2022 também está disponível em audiobook. A narração é de Daniela Ioopi, e tanto a história quanto a música podem ser acessados pelo Youtube Projeto Releituras Livro Acessível, liderado por Maria de Fátima Medeiros e Silva.
SERVIÇO:
Oficina cultural CONTOS QUE CURAM – o poder dos contos para enxergar o que a alma esconde.
De 7 a 29 de março de 2022, com a primeira sessão na Casa da Criança, dia 07.03 às 13h. Rua Álvaro Ramos, 320, servidão Casa da Criança – Trindade.
