Pesquisa sobre o valor da refeição em restaurantes revela que, na região Sul, está o gasto mais baixo do país, de R$ 13,88 contra R$ 16,26 da média nacional. Entretanto, na região Sul, Florianópolis é a cidade onde comer fora custa mais: R$ 19,52.
O levantamento foi divulgado ontem pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert). A associação encomendou pesquisa à Ipsos, uma das maiores multinacionais especializadas no setor, com escritórios em 56 países.
O levantamento mostra o comportamento dos preços em quase 2,3 mil estabelecimentos comerciais nas cinco regiões, principais capitais e cidades brasileiras. Segundo o presidente da Assert, Artur Almeida, a região Sul, tradicionalmente, registra a média mais baixa por ser grande produtora de alimentos e carnes. Nas outras regiões, o preço do frete se reflete no valor da refeição.
– Outra explicação para isso é o fato de haver muita concorrência no Sul. São muitos estabelecimentos, isso força o preço para baixo.
Florianópolis registra o custo mais alto das cidades pesquisadas no Sul, entre Curitiba, Porto Alegre, Blumenau e Joinville. Segundo Almeida, um dos principais motivos disso é o fato de a pesquisa ter sido realizada em janeiro, ou seja, em período sazonal de turismo na Capital catarinense.
Refeição a la carte puxa o resultado para cima
– O que elevou o valor em Florianópolis foi a refeição a la carte. A cidade tem muitos restaurantes de alto padrão neste setor e isso puxou a média para quase o dobro das outras cidades.
A pesquisa elencou quatro tipos de refeição: self-service (por quilo ou preço fixo), comercial (pratos prontos), executivo (o chamado prato do dia ou sugestão do chefe, que são oferecidos com variações conforme o dia da semana durante o almoço) e o à la carte (o cliente escolhe o prato no cardápio).
Em Florianópolis, a média do prato à la carte é disparada a maior, de R$ 45,70, contra uma média de R$ 21,05 no Sul e de R$ 27,22 no Brasil. Em Blumenau, custa em média R$ 24,24 e em Joinville, R$ 22,14, praticamente a metade do custo.
Por Simone Kafruni / simone.kafruni@diario.com.br
