A Câmara Municipal de Florianópolis realizou na tarde desta sexta-feira (28/02) uma reunião entre pais de crianças com deficiência e a Secretaria de Educação para esclarecer dúvidas sobre o direito a professor auxiliar. Também participaram do encontro o Grupo Fazer Mais, que atua nessa área de conscientização dos direitos da pessoa com deficiência. O professor auxiliar é aquele profissional quem tem contato direto com a criança e ajuda na fixação dos ensinamentos dados em sala de aula.
"É uma demanda crescente para as crianças com algum tipo de deficiência, em especial as crianças autistas. Estamos aqui para explicar os direitos que as crianças têm para os pais", disse o vereador Marcelo da Intendência (PP), que foi o autor do pedido para a realização da reunião na Câmara. Participou da reunião também o vereador Renato da Farmácia (PL).
Em 2019 eram 402 crianças com autismo matriculadas na rede de ensino municipal. Em 2020, já são 442 matriculadas. De acordo com a secretaria de Educação, hoje são 468 profissionais envolvidos diretamente com o ensino das crianças com deficiência. O professor auxiliar também é conhecido como segundo professor.
“A nossa maior preocupação é a criança não estar ali apenas de corpo presente, apenas frequentar. É ela estar em sala de aula de fato, aprendendo, absorvendo conhecimento”, disse Rafael Coimbra, coordenador do Grupo Fazer Mais. “As crianças às vezes precisam de mediações. Sem alguém auxiliando elas, elas perdem a linha do ensinamento do professor, em especial no caso dos autistas, por isso o professor auxiliar é imprescindível”, afirma Joelma Fraga, mãe de um aluno especial.
O secretário da Educação, Maurício Fernandes Pereira, ouviu as perguntas por parte dos pais e foi respondendo a cada um dos questionamentos: “Cada melhoria que nós fazemos na educação municipal faz também com que mais pessoas busquem as nossas escolas”. Ele destacou, entre esses avanços, o aumento no número de salas multimeios, utilizadas para aprofundar o ensino das crianças com deficiência, que subiu de 23 para 39 nos últimos três anos.
Acompanharam o secretário vários profissionais na pasta para ajudar a responder as questões trazidas pelos pais. Uma das perguntas foi se, após o pedido para o aluno ter professor auxiliar ser negado, essa decisão poderia ser revista caso uma professora em sala de aula identificasse que a criança não estava conseguindo acompanhar os colegas. A resposta foi positiva por parte da secretaria, que afirmou que as decisões podem ser revistas para garantir o ensino continuado da criança.