De 13 a 16 de Julho, a programação é toda aberta ao público e gratuita, na praça Bento Silvério; inscrições já abertas para as oficinas, com vagas limitadas
Vem aí a 4ª Mostra Brasil de Cinema, de 13 a 16 de Julho de 2022, um evento que coloca o audiovisual brasileiro e a cultura hip hop no centro das atenções em Florianópolis. Com exibição de filmes nacionais recém-lançados, debates com a presença de nomes como Aldri Anunciação, roteirista do filme “Medida Provisória”, e Luiz Bolognesi, diretor de “A Última Floresta”, e oficinas de cinema, circo e hip hop – já com inscrições abertas pelo http://mostrabrasildecinema.com.br . A Mostra será realizada na praça Bento Silvério, Lagoa das Conceição, aberta ao público e gratuita.
A Mostra Brasil de Cinema tem como objetivo principal a formação de novos públicos para o cinema nacional. Além disso, quer contribuir para a quebra de invisibilidade imposta à juventude.
“Buscamos proporcionar espaço para a afirmação do jovem como sujeito de sua própria história, criador de cultura, produtor de conhecimento e protagonista de um modelo de desenvolvimento, centrado no ser humano”, afirma Claudio Rio, diretor da Mostra.
Nos quatro dias de programação, serão exibidos quatro longas-metragens nacionais, entre eles “Medida Provisória”, com direção de Lázaro Ramos e elenco 100% formado por atores e atrizes negras, atualmente em exibição no circuito comercial; e A “Última Floresta”, com direção de Luiz Bolognesi, sobre o drama da grande nação yanomami a partir do olhar do seu líder e Xamã – produção de extrema relevância no momento atual, pela luta dos povos originários e quando o mundo acompanha notícias sobre a morte de ativistas indígenas na Floresta Amazônica.
Estão na programação também “Chorão – o Marginal Alado” (2021), com direção de Felipe Novaes, um documentário biográfico sobre o músico brasileiro e sua contribuição para o rock e para a cena underground; e “Marighella”, com direção de Wagner Moura, que conta a história dos últimos anos do guerrilheiro, interpretado por Seu Jorge, que liderou um dos maiores movimentos de resistência contra a ditadura militar no Brasil.
A quarta edição da Mostra Brasil de Cinema é financiada com recurso público do 9º Edital de Apoio ao Audiovisual Armando Carreirão 2019/2020, da Prefeitura Municipal de Florianópolis, Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude, Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes e Fundo Municipal de Cinema; e do Prêmio Catarinense de Cinema 2021, da Fundação Catarinense de Cultura, Conselho Estadual de Cultura e Governo do Estado de Santa Catarina e da Lei Aldir Blanc da Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo do Brasil.
Debates com referências do cinema nacional
Após cada sessão de cinema, vai ter debate com nomes de peso do cinema nacional. Destaque para a participação de Aldri Anunciação, roteirista do filme “Medida Provisória“ e criador do texto da peça teatral que deu origem ao longa; para o cineasta Luiz Bolognesi, diretor de “A Última Floresta“; e para Matias Lovro, montador e co-roteirista de “Chorão: Marginal Alado”.
É presença confirmada também no debate após sessão do filme “A Última Floresta”, a escritora, poeta e professora Eliane Potiguara e a liderança indígena Mbya Guarani da terra indígena Morro dos Cavalos – Palhoça SC Kerexu Yxapyry.
Oficinas com inscrições abertas
Durante a Mostra, paralelas às exibições e debates, serão realizadas três oficinas: de Cinema com Jeferson De (SP); de Hip hop com Fernandinho Beat Box (SP) e Pelezinho (SP); e de Circo com Circus Fever (SC), sempre das 15h às 17h.
Com uma abordagem educativa e inclusiva, têm como objetivo apoiar a formação integral e crítica dos jovens, indo para além da fundamentação técnica, priorizando aspectos como cooperação, participação, solidariedade e criatividade, baseada numa proposta construtivista.
As vagas para as oficinas são limitadas e as inscrições, gratuitas, pelo http://mostrabrasildecinema.com.br .
Encerramento com Cores de Aidê
O encerramento da Mostra, no dia 16 de julho, terá o show de Cores de Aidê, já conhecido em Florianópolis. O grupo agrega mulheres diversas em seus percursos, estéticas, vivências e gerações por meio da percussão, fazendo-as convergir na compreensão da potência artística e política do samba reggae e na construção coletiva da identidade conceitual, das composições autorais do repertório, figurino, coreografia e arranjos de vozes. A banda busca emancipar as mulheres, fortalecendo a autoestima e a compreensão identitária, bem como ressignificar corpos pela música e pela dança afro-brasileira. E reforçar que as mulheres podem e devem estar onde quiserem.
O espetáculo valoriza a diversidade e o protagonismo feminino, com canções autorais e referências em grandes artistas do samba-reggae, como Olodum, Ilê Aiyê, Cortejo Afro, Didá, Muzenza, entre outros. No palco, o grupo conta com um conjunto percussivo composto por instrumentos de fundo, repique, caixa/tarol, surdo marcação, surdo contra-tempo e xequerê que, por meio de levadas rítmicas, sustentam as canções.
Programação
4ª Mostra Brasil de Cinema- 13 a 16/7
Praça Bento Silvério / Casa das Máquinas / Lona Cultural
13 de julho – quarta-feira
15h às 17h
Oficina de Cinema com Jeferson De(SP)
Oficina de Circo com CIrcus Fever (SC)
Oficina de Hip Hop com Fernandinho Beat Box (SP)
19h às 20h35
Sessão de Cinema/Exibição do longa-metragem Medida Provisória (2022), direção de Lázaro Ramos / 1h 34 min / Drama
20h35 às 22h
Debate sobre o filme com Aldri Anunciação (BA) e convidados
14 de julho – quinta-feira
15h às 17h
Oficina de Cinema com Jeferson De (SP)
Oficina de Circo com CIrcus Fever (SC)
Oficina de Hip Hop com Fernandinho Beat Box (SP)
19h às 20h35
Sessão de Cinema/Exibição do longa-metragem A Última Floresta (2021), direção de Luiz Bolognesi / 74 min/ documentário
20h35 às 22h
Debate sobre o filme com Luiz Bolognesi e Eliane Potiguara e convidados
15 de julho – sexta-feira
15h às 17h
Oficina de Circo com CIrcus Fever (SC)
Oficina de Hip Hop com Pelezinho (SP)
19h às 20h35
Sessão de Cinema/Exibição do longa-metragem Marginal Alado, direção de Felipe Novaes/ 1h15 min/ documentário
20h35 às 22h
Debate sobre o filme com montador e co-roteirista do longa Matias Lovro e convidados
16 de julho – sábado
15h às 17h
Oficina de Circo com CIrcus Fever (SC)
Oficina de Hip Hop com Pelezinho (SP)
19h às 20h35
Sessão de Cinema/Exibição do longa-metragem Marighella (2021), direção de Wagner Moura / 2h35 min/ Drama/Ação
20h35 às 22h
Debate sobre o filme com convidados
20h30
Show de encerramento com Cores de Aidê
**
SINOPSES
Quatro filmes nacionais para pensar curtir e refletir
Medida Provisória (2022), direção de Lázaro Ramos
Num futuro distópico, o governo brasileiro decreta uma medida provisória que obriga os cidadãos negros a ‘voltarem’ à África como forma de reparar os tempos de escravidão. O advogado Antônio (Alfred Enoch), sua companheira, a médica Capitu (Taís Araujo), e seu primo, o jornalista André (Seu Jorge) decidem resistir, uns confinados em suas casas, outros no Afrobunker – movimento que vai lutar pelo direito de permanecerem em seu país.
A Última Floresta (2021), direção de Luiz Bolognesi
Em a Última Floresta, documentário da Gullane Distribuidora, o xamã Davi Kopenawa Yanomani tenta manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade, que fica localizada em um território Yanomani, isolado na Amazônia. Os jovens ficam encantados com os bens trazidos pelos brancos; e Ehuana, que vê seu marido desaparecer, tenta entender o que aconteceu em seus sonhos.
Chorão – o Marginal Alado (2021), direção de Felipe Novaes
A produção explora a vida e a carreira do frontman do Charlie Brown Jr., retratando suas variadas facetas, desde seu amor pelo skate e pela música até seus trabalhos sociais e o vício, que culminou na sua morte precoce, em 2013
Marighella (2021), direção de Wagner Moura
1969. Marighella não teve tempo pra ter medo. De um lado, uma violenta ditadura militar. Do outro, uma esquerda intimidada. Cercado por guerrilheiros 30 anos mais novos e dispostos a reagir, o líder revolucionário escolheu a ação. Em “Marighella”, filme dirigido por Wagner Moura, o inimigo número 1 do Brasil tenta articular uma frente de resistência enquanto denuncia o horror da tortura e a infâmia da censura instalados por um regime opressor. Em uma experiência radical de combate, ele o faz em nome de um povo cujo apoio à sua causa é incerto — enquanto procura cumprir a promessa de reencontrar o filho, de quem por anos se manteve distante, como forma de protegê-lo.