A cesta básica em Florianópolis sofreu a terceira maior alta do país no ano passado. Os 13 produtos pesquisados subiram 25,26%, atrás apenas de João Pessoa (PB), com 29,31% e Natal (RN), com 26,73%.
A cesta básica teve em 2008 aumento superior a 20% em nove das 16 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As menores variações foram verificadas em Belém (PA), com alta de 4,76%, Goiânia (GO), com 10,61%, São Paulo (SP), com 11,58%, Belo Horizonte (MG), com 12,43%, e Aracaju (SE), com 12,92%.
Em dezembro, todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Manaus entrou na pesquisa recentemente e por isso não fez parte do cálculo anual) tiveram alta no custo dos alimentos. A lista, mais uma vez, foi liderada por João Pessoa, com alta de 14,71%.
O maior culpado pela alta em dezembro foi o tomate, cujas elevações chegaram a atingir o pico de 167,84% em João Pessoa e variações semelhantes nas demais capitais nordestinas. As causas desse aumento foram as chuvas nas regiões produtoras e a alta nos preços dos fertilizantes e adubos.
O leite e o café também subiram em 10 das 17 cidades pesquisadas, mas com variações bem menores. O leite, por exemplo, teve a maior variação em Florianópolis (5,21%) e o café subiu mais em Curitiba (3,44%).
As menores variações da cesta básica no mês de dezembro ocorreram nas cidades de Belém, com elevação de 0,29%, São Paulo, com alta de 0,35%, e Curitiba e Vitória, ambas com aumento de 0,61%. Itens como feijão, soja e arroz apresentaram queda de preços no mês de dezembro.
A cesta básica de Porto Alegre continua a ser a mais cara do país, com R$ 254,86. Com base nesse valor, o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 2.141,08, 5, ou seja, 16 vezes maior que o atual mínimo, para que pudesse suprir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Inflação
Variação anual do preço da cesta básica em 2008
João Pessoa 29,31%
Natal 26,73%
Florianópolis 25,26%
Fortaleza 24,61%
Rio de Janeiro 23,31%
Curitiba 22,52%
Brasília 22,21%
Salvador 21,64%
Vitória 20,07%
Porto Alegre 19,70%
Recife 18,15%
Aracaju 12,92%
Belo Horizonte 12,43%
São Paulo 11,58%
Goiânia 10,61%
Belém 4,76%
Fonte: Dieese
(DC, 08/01/2009)