O calendário de aporrinhações ao cidadão que mora e/ou trabalha na Capital parece ter iniciado com antecedência, à medida que testemunhamos mais uma paralisação inoportuna, irresponsável e flagrantemente ilegal, mais uma vez motivada por profissionais que deveriam estar prestando serviços à população nas áreas de educação, saúde, assistência social e coleta de resíduos.
Não satisfeitos com o que já têm no contracheque (situação oposta a de boa parte da população economicamente ativa), eis que novamente a cidade é feita de refém para que esses grevistas, interrompendo serviço público essencial, pleiteiem a concessão de mais privilégios.
Ignoram solenemente, todavia, que o custo para bancá-los passou do limite do insuportável, não havendo mais qualquer condição para que o Poder Público queira expropriar do cidadão o que ele já não tem a fim de apaziguar agitadores profissionais fantasiados de sindicalistas.
Nesse vale-tudo em que os perdedores sempre são os cidadãos e as empresas que ajudam a manter de pé a economia da Capital, pouco importa a esses agitadores se tivermos que chafurdar no lixo, ou nossas crianças fiquem sem aulas ou, ainda, desprovidas de assistência à saúde. Francamente, Florianópolis merece isso?
A Prefeitura precisa agir com o máximo rigor a fim de obstar mais essa transgressão à lei. Precisa, além disso, intensificar seus esforços de racionalização da pesada e incongruente máquina pública, de modo a direcionar a aplicação dos recursos ao que realmente é necessário para o cidadão, em vez de comprometer seu fragilizado caixa com o custeio de privilégios imerecidos.
Por fim, há de se ter coragem para efetivar uma verdadeira reforma nos alicerces do serviço público municipal, a fim de remunerar adequadamente o bom servidor e punir exemplarmente aqueles que, convenientemente escudados na estabilidade funcional, promovem toda sorte de transtornos apenas e tão somente para engordarem seus vencimentos. Se de um lado falta vontade política, de outro há, de sobra, apoio popular para que a cidade risque de seu calendário anual esses lamentáveis eventos.
Diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis
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