Mais de cinco mil mulheres que cruzaram da Avenida Paulo Fontes para o Terminal Integrado do Centro, ontem à tarde (24/11), foram recepcionadas e orientadas por integrantes do Conselho Municipal da Mulher, Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres e entidades relacionadas à defesa dos direitos do sexo feminino sobre seus direitos e locais de atendimentos em caso de violência. A panfletagem começou por volta das 14h e se estendeu até 18h.
A dona de casa Kátia Regina de Souza, 37 anos, foi uma das que recebeu o folder com orientações e informações sobre violência física, psicológica ou moral, sexual e patrimonial. Assim como as demais, Kátia também foi convidada para conhecer o Centro de Referência à Mulher em Situação de Violência (Cremv) e os serviços oferecidos. O Cremv fica localizado no bairro Agronômica, próximo à Casa do Governador e ao lado do prédio da 6ª DP.
Kátia ouviu atentamente as orientações e até concordou que atualmente as mulheres estão mais dispostas a denunciar os agressores. “A Lei Maria da Penha foi criada para isso”. Ela ressaltou que observa nos jornais que o número de agressões no lar aumenta em finais de semana porque alguns homens chegam em casa embriagados”. Para estes indivíduos ela deixou um recado: “Vocês podem beber, mas fiquem nos seus cantinhos e deixem a mulherada em paz”.
A campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da Violência contra a Mulher começou no dia 20 de novembro (com a consciência negra, somente no Brasil) e compreende quatro datas importantes: 25 de novembro (que foi antecipada para hoje) Dia Internacional da Não-Violência Contra as Mulheres; 1º de Dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a AIDS; dia 6 de dezembro, Massacre de Mulheres de Montreal, e 10 de Dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.