Começa nesta segunda-feira, 15, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Santa Catarina recebeu do Ministério da Saúde 1,6 milhão de doses. O público-alvo está estimado em 1,5 milhão de pessoas. A meta é imunizar 80% dessas pessoas.
A vacina estará disponível em 1,8 mil postos distribuídos nos 295 municípios catarinenses até o dia 26. O dia “D” será o sábado, 20, com mobilização nacional.
A campanha será realizada nesse período porque o pico de proteção da vacinação é o início do Inverno. Eduardo Macário, gerente de Imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), explica que este ano, diferente de 2012, a vacina protegerá contra três tipos de vírus: o Influenza A H1N1, o A H3N2 e o B.
Há dois grupos de pessoas que não podem tomar a vacina: as que são alérgicas a ovos e as que tiveram histórico de reação a vacinas anteriores.
Ana Luísa Curi, médica epidemiologista da DIVE, destaca que na campanha deste ano foram incluídas as mulheres que tiveram filhos no período de até 45 dias antes da data de vacinação (puérperas) e também os portadores de doenças crônicas.
A médica lembra ainda que a vacina estará disponível para todas as mulheres grávidas, e não há necessidade de comprovação da situação gestacional. Basta que a própria mulher afirme o seu estado de gravidez. A vacinação será oferecida também aos povos indígenas, às crianças com idade entre seis meses e dois anos incompletos, pessoas com 60 anos ou mais e população carcerária.
Também fazem parte do público-alvo os trabalhadores que atuam nos serviços públicos e privados em diferentes níveis de complexidade, voltados para a promoção e assistência à saúde.
O gerente de imunização lembra que, além da vacina, algumas medidas para prevenir a gripe devem ser tomadas, como lavar as mãos e utilizar álcool gel, cobrir o nariz e a boca ao espirrar. E quando sentir os sintomas da gripe, a pessoa deve sempre procurar o médico, mesmo que tenha sido vacinada.
Grupos de risco
Doença respiratória crônica
– Asma em uso de corticóides inalatório ou sistêmico (Moderada ou Grave);
– DPOC;
– Bronquioectasia;
– Fibrose Cística;
– Doenças Intersticiais do pulmão;
– Displasia broncopulmonar;
– Hipertensão arterial Pulmonar;
– Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade.
Doença cardíaca crônica
– Doença cardíaca congênita;
– Hipertensão arterial sistêmica com comorbidade;
– Doença cardíaca isquêmica;
– Insuficiência cardíaca.
Doença renal crônica
– Doença renal nos estágios 3, 4 e 5;
– Síndrome nefrótica;
– Paciente em diálise.
Doença hepática crônica
– Atresia biliar;
– Hepatites crônicas;
– Cirrose.
Doença neurológica crônica
– Condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica;
– Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: AVC, Indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares;
– Doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular;
– Deficiência neurológica grave.
Diabetes
– Diabetes Mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos.
Imunossupressão
– Imunodeficiência congênita ou adquirida;
– Imunossupressão por doenças ou medicamentos.
Obesos
– Obesidade grau III
Transplantados
– Órgãos sólidos;
– Medula óssea.