Vacina contra a gripe H1N1 começa a ser aplicada em Florianópolis no dia 8 de março.
Em 2009, a capital catarinense, apresentou o menor índice de ocorrência da doença entre as capitais do sul do Brasil.
No primeiro momento serão atendidos os trabalhadores em saúde cuja função esteja ligada diretamente ao manuseio com pacientes suspeitos de infecção pela doença. O objetivo é garantir que não haja redução de recursos humanos, o que viria a prejudicar ainda mais o restante da população. A afirmação, feita durante reunião com entidades parceiras nesta terça-feira, foi feita pelo secretário em exercício da Saúde da capital, Clécio Espezim.
Ele explica que serão adotadas as mesmas diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde e que deverão ser adotadas em todo país. Entre elas está a definição dos grupos que receberão as doses da vacina, cuja seleção se baseou nos dados de 2009. No total foram indicados oito segmentos, dos quais sete a serem contemplados em Florianópolis. A meta da Secretaria da Saúde é vacinar 80 % em cada um deles. O público alvo total ultrapassa as 199 mil pessoas.
Em 2009 foram registrados no município 498 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Destes, em 135 foi confirmado ser do tipo H1N1. Isto equivale a 33% do total, metade do verificado em toda região sul do país. O número de óbitos por SRAG foi de 18, e em sete deles se confirmou ser de H1N1. “Muito maior do que a pandemia do vírus foi a pandemia do pânico que se espalhou graças a veiculação de informações precipitadas e catastróficas”, destacou o médico Daniel Moutinho, coordenador da Comissão de Controle e Manuseio da Doença Respiratória Aguda Grave em Florianópolis.
Ele destaca que graças às ações e métodos adotados em Florianópolis o número de casos foi significativamente menor do que em outras capitais da região sul ou naquelas cujo clima favorece o surgimento deste tipo de síndrome. “Procuramos tomar medidas baseados exclusivamente em critérios cientificamente comprovados”, afirma ele.
Já a gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde, Monich Cardoso, afirmou que órgão vai buscar uma maior otimização no manejo de pacientes com suspeita da doença dentro das Unidades de Saúde. Além disso, adequar a rede de assistência para proteger os casos graves. Outro ponto a ser implantado é um maior critério para a internação de pacientes, evitando a super lotação da rede hospitalar. “A exemplo do ano passado vamos investir na capacitação dos profissionais”, garantiu ela.
A reunião desta terça-feira contou com a presença de representantes da Secretaria de Estado da Saúde, dos Hospitais sediados no município e do Corpo de Bombeiros, entre outras instituições parceiras. “A formação de uma força tarefa, com estes parceiros e outros que vierem se somar, será fundamental para que possamos enfrentar e vencer esta batalha”, afirmou o Secretário Espezim.
Veja quem terá direito a vacina gratuita em Florianópolis e as datas.
A orientação é que se busque o Centro de Saúde mais próximo de sua residência, levando a documentação exigida.
* 08 a 19 de março :Trabalhadores da Saúde que atuem em resposta direta à pandemia. Serão atendidos em seu local de trabalho.
* 22 de março a 21 de maio: Gestantes em qualquer período de gravidez. O tipo de vacina neste caso é especifico, não podendo ser aplicada de outro grupo. Devem apresentar comprovante de gravidez (exame laboratorial, Cartão pré-natal ou declaração médica com assinatura e carimbo) e cartão de vacinação.
* 22 de março a 02 de abril: Pacientes com doença crônica elegível ( para confirmação entrar em contato com o Centro de Saúde mais próximo de sua residência ou com o médico de confiança). Devem apresentar comprovação médica da doença, com qualquer data, assinada e carimbada por profissional médico.
* 22 de março a 02 de abril : Crianças de seis meses a dois anos incompletos. Devem levar a Caderneta de Vacinação.
* 05 a 23 de abril: População com idade entre 20 e 29 anos. Devem levar documento de identidade com foto e o cartão de vacinação.
* 24 de abril a 07 de maio: Idosos com idade acima de 60 anos e que possuem doença crônica elegível ( ver com o Centro de Saúde ou seu médico de confiança). Devem apresentar comprovação médica da doença, com qualquer data, assinada e carimbada por profissional médico. Obs. Será junto com a vacinação de rotina contra o vírus da influenza.
* 10 a 21 de maio: População na faixa dos 30 aos 39 anos. Devem levar documento de identidade com foto e o cartão de vacinação.