Será lançado nesta quinta-feira,11, o livro de estreia da escritora Patrícia Galelli. “Carne falsa” (Editora da Casa, 86 páginas, R$ 25) apresenta 50 narrativas breves – às vezes, de uma linha –, escritas de 2007 a 2013, que surpreendem pela estranheza com que a autora de 24 anos trata assuntos clássicos da literatura: o amor, o sexo, o medo e a morte. O evento ocorre às 19h na Fundação Cultural Badesc.O evento é gratuito.
De acordo com a autora, o livro não tem nada de confessional, de intimista ou de biográfico. Ao contrário, traz fragmentos do “tempo esquartejado” do século XXI, com ironia e tensão. São relatos da fala coletiva. Com humor, ela explicita: “vou juntando coisas de maneira desastrada, aprendendo a viver com a vida dos personagens. Se eu pudesse, pagaria tratamento psiquiátrico para todos eles”.
BIOGRAFIA
Patrícia Galelli nasceu em Concórdia, no Meio Oeste de Santa Catarina, e trouxe do jornalismo – é formada em Comunicação Social pela Universidade do Contestado – a observação investigativa e crítica. Sua escrita cortante, espécie de “faca de desossa” para descobrir novas formas de narrar o cotidiano e as situaçõeslimite, foi refinada numa série de oficinas de escrita criativa.
Entre suas leituras, além de Tchekhov, Machado e Borges, figuram os livros “A paixão segundo G.H.” (Clarice Lispector) e “Um copo de cólera” (Raduan Nassar) e a prosa dos portugueses António Lobo Antunes, Gonçalo Tavares e Valter Hugo Mãe. “Carne falsa” se situa no chamado ‘campo expandido’ das artes, porque dialoga com cinema, artes visuais e teatro – e um dos contos, “Marquise”, tornou-se um samba na composição de Alegre Corrêa.