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Florianópolis, 23 novembro 2024

Aumento no valor dos insumos reflete no setor de água mineral em Santa Catarina

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O reajuste anunciado pela Associação Catarinense das Indústrias de Água Mineral vem para suprir uma defasagem de 20%. O setor foi o último a aplicar reajuste em seus preços

Após mais de um ano que as Indústrias de Água Mineral do Estado vem mantendo seus preços sem alteração, o setor terá que aplicar reajuste no valor dos produtos que saem da fábrica a partir de abril. A medida anunciada pela Associação Catarinense das Indústrias de Água Mineral (Acinam) vem em reflexo ao acréscimo dos insumos, que teve como variação mínima um aumento de 30%. Além da baixa no faturamento, que bateu a marca de 80% no volume de vendas de descartáveis em semanas de lockdown, com o fechamento de restaurantes, bares e academias. 

“Em função do cenário de pandemia que estamos vivendo, somos o último setor produtivo a aumentar os preços. Mas agora não temos mais como evitar essa adequação nos valores praticados, uma vez que o setor vem enfrentando dificuldades diante dos recentes reajustes sofridos pelos insumos”, avalia o diretor de comunicação da Acinam, Tarciano Oliveira. Ele explica que o realinhamento aplicado não irá cobrir todos os custos da cadeia, mas será um ânimo para o segmento seguir investindo na melhoria contínua do produto.  O esforço dos envasadores é para reajustar o mínimo possível, apenas para pagar os custos, conscientes que a população já tem uma carga bastante pesada neste momento.

A maior queixa dos empresários catarinenses é em relação ao aumento no custo da resina de plástico, que impacta diretamente no valor do envasamento. Itens como garrafa, tampa, lacre e rótulo tiveram aumentos acima de 30%. Já o acréscimo no filme para embrulhar o fardo foi de acima de 110% e no CO2 de 51%. Mas há ainda outros valores que atuam na definição dos custos de produção e distribuição do produto no mercado, como é o caso do combustível, que sofreu só neste ano um aumento de 50%. Ainda entram nessa conta a energia elétrica, com 12,6%, e alimentação, 18%.

“Temos também como reflexo do cenário atual o aumento nos custos com a implantação de novos protocolos sanitários, os dias de paralisação na produção e o afastamento de colaboradores em decorrência da Covd-19. Por tudo isso chegamos ao limite”, explica Oliveira. Ele acredita que, mesmo não tendo sido uma decisão muito fácil, a medida foi necessária para manter a estabilidade do setor e a manutenção dos empregos.