A convite da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC), o ator Ney Piacentini estará às 15h deste sábado (22/08), no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), para proferir a palestra gratuita “Panorama do Teatro Brasileiro Contemporâneo”, integrando a programação do 16º Floripa Teatro – Festival Isnard Azevedo. Ele pretende discutir estética e politicamente a recente produção teatral, seus avanços e retrocessos no cenário nacional.
Piancentini iniciou-se no teatro em 1979, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e teve atuação marcante na década seguinte. Foi um dos fundadores do Grupo A de Teatro, que montou a bem sucedida comédia “Vivo numa Ilha”, fazendo referências à realidade dos habitantes de Florianópolis. Em 1984, participava do programa “Jornal do Almoço”, na RBSTV, dando vida ao irrequieto boneco Dr. Barroso, sucesso de audiência na emissora.
Há cerca de 20 anos na capital paulista, fez muitos trabalhos no teatro, na TV e no cinema. Desde 1997, é ator e produtor da Cia. do Latão, com a qual fez as peças “O Círculo de Giz Caucasiano”, “Visões Siamesas”, “O Mercado do Gozo” e “O Nome do Sujeito”, entre outras. Também atuou nos espetáculos “Um Céu de Estrelas”, de Fernando Bonassi; “Budro”, de Bosco Brasil; “O Catálogo”, de Jean-Claude Carrière; e “O Legítimo Inspetor Perdigueiro”, de Tom Stoppard.
Na televisão, participa das séries “9MM São Paulo”, da Fox, e “Descolados”, da MTV. Na telona, atuou em curtas-metragens, como “Os Anos 20” (1992), de Roberto Moreira; “O Parecer” (1994), de Marco Juliano; “Expresso” (1994), de Michael Ruman; “Eu Sei que Você Sabe” (1995), de Lina Chamie; e de longas, como “Lost Zweig” (2003), de Sylvio Back; “Não por Acaso” (2007), de Felipe Barcinski, e “Lula, o Filho do Brasil”, de Fábio Barreto, com estreia marcada para o dia 1º de janeiro de 2010.
Engajamento
Formado em artes cênicas pela Faculdade Paulista de Artes, cursa mestrado na mesma área na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, preside a Cooperativa Paulista de Teatro (CPT), entidade que, assim como ele, está completando 30 anos de atividades. A CPT congrega 3066 associados distribuídos em 892 núcleos e responde pela maior parte da produção artística teatral de São Paulo. Dela fazem parte companhias das mais diversas linguagens e com reconhecida qualidade cultural.
Piacentini foi vice-presidente do Conselho Municipal de Cultura de São Paulo e, agora, representa o estado na Câmara Setorial de Teatro do Ministério da Cultura (MinC). Projetou a Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo, que ocorre desde 2006, formatou o Centro de Aperfeiçoamento Teatral na Funarte/MinC-SP, formatou e supervisionou a Caravana Paulista de Teatro em 2006 e é supervisor do projeto Teatro nos Parques.
No palco
Já no domingo (23/08), às 20h, ele e a Cia. do Latão subirão ao palco do Teatro Governador Pedro Ivo, anexo ao Centro Administrativo do Governo do Estado de Santa Catarina, para apresentar o espetáculo de encerramento do 16º Floripa Teatro – Festival Isnard Azevedo, “A Comédia do Trabalho”. Criação coletiva dirigida por Sérgio de Carvalho é a quinta montagem e o maior sucesso do grupo, já assistida por mais de 70 mil espectadores, desde a estreia em 2000.
A tragicomédia de 90 minutos se passa em uma fictícia província entre o Equador e o Trópico de Capricórnio, onde a economia vai muito mal e a corrupção segue solta. Empresários e governantes conchavam para garantir seus cofres, indiferentes ao custo social causado pelas demissões em massa. Um desempregado decide pular do topo do prédio onde trabalhou, desencadeando uma reação popular inesperada, caso de comoção nacional. A violência toma conta das ruas para manter a ordem, enquanto uma famosa escritora, filha de um banqueiro estrangeiro e presidente da Missão Filantrópica Internacional, se pergunta sobre o sentido da vida.
