O artista plástico José Maria Dias da Cruz, apontado como um dos expoentes da pintura nacional do século 20, um “teórico das cores” como costumam creditá-lo, é o convidado das artistas plásticas Flávia Tronca e Meg Tomio Roussenq para uma palestra nesta quarta-feira, 12, às 16h, no Espaço Oficinas do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. O encontro é aberto ao público e faz parte da programação da exposição "Noosferas", de autoria de Flávia e Meg.
José Maria tem uma relação histórica com a Capital catarinense. Ainda menino participou, em 1948, da Exposição de Arte Contemporânea, embrião do que viria a ser o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc). Filho do escritor Marques Rebelo, conviveu na infância com ícones como Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral e Iberê Camargo. A partir da década de 1960 seguiu o rumo das cores e fez disso a sua principal assinatura.
Na palestra, ele tratará da sua formação, de acontecimentos que marcaram sua trajetória e que contribuíram para o que o próprio define como “uma posição à margem dos movimentos artísticos como o concretismo e neoconcretismo.”
Ainda que tenha nascido no cerne da ebulição modernista, foi em fontes primárias como Da Vinci, Matisse e Cézanne que o artista encontrou sua predileção. E o tema da conversa não poderia ser mais sugestivo: Caminhos até o cinza sempiterno e o serpenteano vinciano.
O Espaço Oficinas do Centro Integrado de Cultura (CIC) fica na Avenida Irineu Bornhausen, 5600, Agronômica.