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Florianópolis, 23 novembro 2024

Apesar de oito mortes, bombeiros registram queda no número de afogamentos em SC

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Conforme dados do Corpo de Bombeiros, em Santa Catarina, desde outubro de 2015, foram registrados sete afogamentos seguidos de mortes em água salgada, e um em água doce. Somente entre os dias 22 de dezembro e 1º de janeiro foram quatro afogamentos com óbito no mar, nas cidades de Florianópolis, Itajaí, Navegantes e Balneário Camboriú. As informações são da assessoria de comunicação do governo estadual. 

Dos óbitos registrados desde outubro, quatro locais não contavam com guarda-vidas. Segundo o Corpo de Bombeiros, já foram efetuadas mais de 100 mil prevenções em Santa Catarina, que é abordagem dos guardas vidas, com orientações sobre o local ideal para banho e outros. Já afogamentos com recuperação no mar foram 26 e cinco em água doce.

Na mesma época em 2014, de outubro a dezembro, foram registrados 14 óbitos por afogamentos em água salgada. Destes, 13 locais não contavam com guarda-vidas. Já em água doce, foram 14 mortes, todas em área não monitoradas.

O coronel do Corpo de Bombeiros, Onir Mocellin, explicou que crianças e adolescentes, por exemplo, precisam ser observados de perto pelos pais ou responsáveis. Os adultos também precisam ter cautela quando forem entrar em rios, lagoas e mar. Segundo Onir Mocellin, a ingestão de bebidas alcoólicas é o principal fator que contribui para o afogamento de adultos.

“A maior incidência de morte por afogamento é associada ao consumo de bebida alcoólica. Geralmente, após consumi-la, a pessoa entra na água, perdendo a noção de risco e as habilidades de natação. Muitas vezes é quase impossível reanimar a vítima que está quase em coma alcoólica", salientou o coronel.

Prevenção

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o ideal é, em primeiro lugar, procurar um local conhecido e onde exista sempre a presença de guarda-vidas. Para evitar acidentes é preciso respeitar as faixas e avisos, além de não entrar em locais onde há avisos de perigo de morte ou em águas poluídas. Muito importante também é nunca deixar crianças sozinhas e, se for andar de barco ou qualquer outra embarcação, usar sempre coletes salva-vidas. Além destas, os Bombeiros dão outras dicas importantes:

– Todo ambiente aquático requer cuidado. A principal recomendação para garantir sua segurança é ter noção dos riscos e assumir uma postura preventiva

– Seja prudente. Não superestime sua capacidade de nadar. Avalie as consequências de um possível incidente

– Evite locais sem a presença de guarda-vidas

– Em água doce ou salgada, procure locais rasos e sem correnteza

– Crianças exigem cuidado redobrado. Não as perca de vista

– Sempre que possível, opte pelo uso do colete salva-vidas (especialmente em crianças). Em água doce ou em embarcações, seu uso é imprescindível

– Atente para a sinalização de praia. Observe a bandeira fixada no posto dos guarda-vidas:

• Vermelha: risco elevado de afogamentos

• Amarela: risco médio de afogamentos

• Verde: risco baixo de afogamentos

• Preta: posto desativado

– Não tente salvar pessoas vítimas de afogamento sem estar habilitado. Neste caso, lance algum objeto que a ajude a flutuar e acione guarda-vidas ou a emergência pelo telefone 193

– Objetos flutuantes (boias e pranchas) passam falsa impressão de segurança. O ideal é optar por um colete salva-vidas

– Evite aproximar-se de costões. Ao caminhar sobre as pedras destes ambientes, observe antes se uma onda não poderá atingi-lo e jogá-lo no mar.

– Antes de mergulhar, certifique-se da profundidade. Um acidente pode provocar sequelas irreversíveis

– Nunca nade após ingerir bebidas com álcool, alimentos ou se estiver passando mal ou com frio

-Evite, ainda, áreas de saída de barco ou prática de esportes aquáticos (kitesurfe, surfe, etc)

– Sempre acate as orientações dos guarda-vidas

Operação Veraneio

Nesta temporada, foram empregados mais de sete mil profissionais, atuando no litoral e no interior do Estado, em praias, balneários e estâncias hidrominerais. Trata-se da maior ação programada da segurança pública catarinense.

A parte operacional conjunta entre todos os órgãos iniciou-se no dia 22 de dezembro e segue até 29 de fevereiro de 2016. No Corpo de Bombeiros, o período é maior – já começou no dia 1º de outubro de 2015 e termina em 1º de maio de 2016.

Corpo de Bombeiros

O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) conta com um reforço de 300 guarda-vidas militares e 1.362 guarda-vidas civis em 337 postos. Abrangendo 37 cidades, são monitorados 175 balneários protegidos entre praias (560 quilômetros de litoral: de Itapoá a Passo de Torres, sendo 280 quilômetros de faixa de areia monitorada), represas, estâncias hidrominerais e rios. Viaturas empenhadas: 53 embarcações, 43 motonáutica, 48 quadriciclos, dois aviões e dois helicópteros.

A pré-temporada teve início em 1° de outubro e seguiu até 20 de dezembro 2015. Os postos são ocupados gradativamente, com seu ápice (alta temporada) no período de dezembro a março. Após, ocorre a desmobilização gradativa dos postos.

Polícia Militar

A Polícia Militar, que também integra a operação, intensificou as ações em praias, balneários e estâncias hidrominerais. São mobilizados cerca de 5,2 mil policiais militares, 2,5 mil viaturas, além de embarcações e aeronaves. O comandante-geral da Polícia Militar, Paulo Henrique Hemm, lembrou que o efetivo do Bope, do Batalhão de Choque, do Canil e da Cavalaria poderão participar de ações especiais durante a temporada.

Polícia Civil

Na Polícia Civil, foram mobilizados cerca de mil policiais civis, entre convocados e lotados, que atuam em 36 municípios, entre cidades litorâneas e de águas termais. Destas, 26 têm reforço policial. O Serviço Aeropolicial da Polícia Civil também está mobilizado.