Um ambulatório no Centro de Saúde da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, atende a população travesti e transexual desde o dia 10 deste mês. O projeto foi criado por residentes de Medicina de Família e Comunidade da Secretaria Municipal de Saúde. O funcionamento é feito todas as segundas-feiras, das 18h às 22h.
A intenção é garantir proteção de possíveis casos de discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero.
O ambulatório está sendo tocado por três médicos residentes e supervisionado por Murilo Leandro Marcos, médico de família e comunidade, todos atuando voluntariamente.
Além do atendimento clínico, o ambulatório oferece hormonioterapia e o cartão SUS utiliza o nome social do paciente. O serviço é feito em parceria com a Associação em Defesa dos Direitos Humanos (Adeh).
Exemplo no Uruguai
Thiago Campos, residente que propôs o projeto, contou que a ideia surgiu após um estágio feito em Montevidéu, capital do Uruguai, onde conheceu o serviço de acesso à população transexual aos serviços de saúde em um turno, uma vez por semana, com equipe capacitada para o atendimento dessa população, ao mesmo tempo em que garantiam acesso a outros usuários (geralmente trabalhadores que procuram o serviço após o trabalho).
Assim como lá, a equipe de saúde da família também faz outros atendimentos durante o turno noturno, como consultas de pré-natal e atendimentos de demanda espontânea, além do ambulatório para travestis e trans.