A Escola Básica Municipal João Gonçalves Pinheiro, no Rio Tavares, implantou o projeto Guardiões da Energia nas turmas de 5ª e 7ª séries, que somam 179 alunos. O objetivo é conscientizar os estudantes da importância de um planeta sustentável através da economia de energia elétrica. A iniciativa partiu da professora de Ciências Elaine Cristina Pamplona Seiffert, que monitora as contas de luz dos alunos e debate maneiras de economizar energia com pequenos gestos, como apagar as luzes e aparelhos elétricos quando não estiverem sendo utilizados e diminuir o tempo de banho.
A professora conta que idéia partiu após participar de um curso do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) em 2007, que debatia o uso racional da energia.
Economia dentro de casa
As contas de água e de energia elétrica pesam no bolso do consumidor. Mas é possível economizar dentro de casa. E a solução é muito simples, como conta Ivani Godoy da Rocha, mãe da Tainá, aluna da 7ª série e que esse ano participa do projeto Guardiões da Energia. Segundo ela, as contas de energia elétrica estão menores graças à filha, que faz questão de vigiar todos em casa e contar o tempo de banho. “A gente tinha aquela mania de esquecer as luzes acesas, mas agora a Tainá vigia todo mundo”, relata.
E o controle dos gastos também é feito na escola. A cada semana, um aluno é voluntário para ser o guardião de energia da sala e tem a responsabilidade de apagar as luzes e os ventiladores sempre que a sala estiver vazia. “A idéia é utilizar os alunos como multiplicadores e treinar o conceito de responsabilidade”, conta Elaine.
No ano passado, a turma de alunos que mais economizou eletricidade pôde visitar as instalações da Casa Eficiente, na Eletrosul, um centro de referência de tecnologias que visam o uso racional de energia elétrica, o conforto térmico e o menor impacto ambiental, além de um passeio ao Parque do Córrego Grande.
Interesse desde a infância
Formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pós-graduada em Educação Ambiental, Elaine Cristina Pamplona Seiffert conta que o interesse pela área começou já na infância. Foi em um passeio da escola à Câmara de Vereadores, quando tinha apenas 10 anos, que a futura professora despertou interesse pelo meio ambiente. “Era o Dia da Árvore. Saímos de lá com o crachá de agentes ambientais. Tenho esse crachá até hoje. Eu levei a sério meu papel e por isso me tornei bióloga”.