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Florianópolis, 23 novembro 2024

Alto déficit habitacional impõe necessidade de retomada dos lançamentos imobiliários após pandemia, diz presidente do CRECI/SC

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O fim da pandemia de Covid-19, combinado com as demandas impostas pelo alto déficit habitacional no país, deve resultar na retomada dos novos empreendimentos imobiliários. A avaliação é do presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina (CRECI/SC), Fernando Willrich, ao analisar os dados divulgados pelo Secovi SP, segundo os quais o número de unidades residenciais lançadas no Brasil caiu 8,5% nos nove primeiros meses de 2022, em relação ao mesmo período de 2021.

As informações levaram em consideração números de 199 cidades brasileiras. Entre janeiro e setembro, foram lançadas 199.707 unidades no Brasil. Já as vendas ficaram estáveis, com variação de 0,1%. Foram realizados 225.167 negócios nos nove primeiros meses deste ano.

“É preciso avaliar que o lançamento de um empreendimento não é uma decisão rápida de ser tomada. Muitas vezes são anos de estudos, que envolvem prospecção de terrenos, eventuais permutas, análise de mercado e do público-alvo, viabilidade econômica, entre outros fatores, como aprovação dos projetos junto aos órgãos públicos e incorporação imobiliária perante o cartório”, explicou Fernando Willrich. “Vale lembrar que nos dois últimos anos o cenário pandêmico atrasou e até desestimulou esse trabalho dos incorporadores, constituindo-se certamente em um dos principais motivos dessa redução de lançamentos verificada agora”, ressaltou.

Para o presidente do CRECI/SC, também pesam algumas instabilidades comuns no país, como a insegurança com relação a taxas de juro, mudança de políticas de financiamento habitacional dos bancos e o próprio momento eleitoral, quando geralmente os negócios ficam em compasso de espera até se estabelecer uma confiança no novo governo.

“Com a retomada da normalidade após a pandemia, naturalmente os negócios devem voltar a se aquecer e os resultados veremos nos próximos períodos. Até porque o Brasil precisa atender a necessidade dos diversos segmentos sociais por mais moradia, inclusive com programas habitacionais por parte dos governos, fazendo com que a construção civil seja ainda mais destacada como força motriz fundamental para o desenvolvimento econômico”, observou.