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Florianópolis, 25 novembro 2024
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Alô Saúde Floripa: um programa inédito no Brasil para atendimento pré-clínico via telefone e aplicativos

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A Prefeitura de Florianópolis lançou nesta segunda-feira, 16 de março, um programa inédito no Brasil para atendimento pré-clínico via telefone e aplicativos, gratuitamente, 24h por dia. Ao ligar para um 0800, o morador de Florianópolis vai poder tirar dúvidas sobre o sistema de saúde, receber orientação sobre autocuidados e marcar consultas sem precisar se deslocar até uma unidade de saúde. Além da Central Telefônica (0800-333-3233) e o whatsapp das equipes, o programa também possui um aplicativo próprio, o “Alô Saúde Floripa”, que está disponível nas plataformas IOS e Android, e o site www.alosaudefloripa.com.br. As ligações são ilimitadas e gratuitas. Pelo app, os usuários terão a opção de entrar em contato com às equipes por meio de videochamadas, chats, acessar o contato whatsapp das equipes de saúde, conferir notícias, acessar prontuários e prescrições, além de poder entrar em contato com a própria equipe de atendentes do Alô Saúde Floripa.

De modo geral, por meio do serviço Alô Saúde Floripa, a população vai poder esclarecer dúvidas sobre medicamentos, calendário vacinal e possíveis reações, surtos (sarampo, coronavírus), orientação em caso de dificuldades com amamentação, dúvidas sobre gravidez, dor de garganta, diarreia e dores de cabeça, por exemplo. O usuário também poderá entrar em contato com o serviço para saber se precisa procurar um Centro de Saúde, uma Unidade de Pronto Atendimento ou um Hospital, agendar consultas pelo WhatsApp, checar se a sala de vacinas ou de procedimentos está aberta, entre outras opções.

No nível 1, serão resolvidas as dúvidas gerais. Ao ligar para a Central de Atendimento do Alô Saúde, o cidadão vai se identificar e falar com um técnico de enfermagem sobre o seu problema. Se ele apontar alguma queixa de saúde, o técnico vai passar para o próximo nível. No nível 2, um enfermeiro especializado vai atender o paciente e utilizar um protocolo internacional adaptado para Florianópolis. Por exemplo: se o cidadão apontar dor de garganta, febre e tosse, a enfermeira vai fazer uma série de perguntas para avaliar a gravidade do atendimento. Neste nível, o usuário poderá agendar consulta pelo WhatsApp no Centro de Saúde, que avisará a equipe de saúde responsável por essa pessoa, informando quem ligou, porque ligou e qual foi a orientação dada. Em alguns casos, a consulta será agendada para a pessoa dentro das 48 horas seguintes. A equipe de enfermagem também vai realizar um contato de retorno para avaliar como a pessoa está e se melhorou. Esse contato de retorno será feito entre 1 e 24 horas após a pessoa ter ligado.

Alô Saúde Floripa será aliado contra epidemias

Perguntas como: se o paciente viajou para algum país com epidemia do Coronavírus, se teve contato com alguém que viajou, entre outras dúvidas seguidas no protocolo, poderão ajudar o município a identificar um caso suspeito sem que ele precise ir até uma unidade de saúde. O protocolo do sistema de saúde do Reino Unido, para casos de Coronavírus, foi importado para Florianópolis. O método orienta para que os pacientes com gripe não se desloquem para às unidades de saúde, mas que ao invés disso, entrem em contato com o sistema de atendimento pré-clínico que já existe no Reino Unido. Assim será seguido também em Florianópolis. Se um caso suspeito for identificado, o profissional do “Alô Saúde Floripa” vai comunicar imediatamente a vigilância epidemiológica, para que o procedimento padrão seja aplicado.

“Identificar um caso suspeito de Coronavírus sem que o paciente vá até uma unidade de saúde é o melhor dos cenários. Afinal, evita-se que o vírus se espalhe em uma unidade que já possui pessoas com fragilidade na sua imunidade aguardando por atendimento”, explica o médico Carlos Alberto Justo da Silva, secretário de Saúde de Florianópolis. 

Os profissionais realizarão escuta qualificada para indicar o local correto que o paciente deve ir, seja para uma UPA, Centro de Saúde ou hospital e não vai substituir uma consulta com médico ou enfermeiro. Por meio do Alô Saúde Floripa, não será realizada prescrição de medicamentos ou solicitação de exames. A princípio não há conexão direta entre o Alô Saúde e o SAMU, que em casos de necessidade deverá ser contatado pelo usuário.

Marcação de consultas

Outra novidade é a marcação de consultas sem precisar ir até uma unidade de saúde de Florianópolis. Além da Central do “Alô, Saúde”, que poderá agendar a consulta para casos mais urgentes, a Prefeitura também equipou todas as 151 equipes da saúde da família, compostas por médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde, com celulares e números de whatsapp. Assim, todos os pacientes terão o contato da sua equipe de saúde para marcar diretamente a consulta e tirar dúvidas via aplicativo. 

“Vai haver casos em que os pacientes já em acompanhamento querem apenas tirar dúvidas sobre os resultados de um exame. Ele pode fazer isso via whatsapp para o seu médico. Os quais podem tranquilizar quanto a normalidade e agendar uma consulta apenas se for necessário, sem que ele precise se deslocar até a unidade, caso não queira”, explica a médica Fernanda Melchior, uma das coordenadoras do programa.

Implantação foi feita por etapas

O programa “Alô, Saúde” começou a ser construído em 2017, com a melhoria da estrutura física das unidades de saúde de Florianópolis. Em seguida foram feitas mudanças de fluxos nos Centros de Saúde. Em 2019, começou a implantação do novo prontuário eletrônico, que vai permitir uma conexão do histórico do paciente em tempo real para qualquer local de atendimento. 

Agora, em 2020, a parte final começa a ser implantada. No primeiro momento, a partir do dia 16 de março, 57% dos Centros de Saúde vão permitir agendamento via telefone/whatsapp, seguindo um cronograma ao longo dos próximos meses. Isso não impede que qualquer cidadão de Florianópolis possa ligar na central e tirar dúvidas, como um caso suspeito de Coronavírus. “A parte do agendamento de consulta é só um dos serviços oferecidos pelo programa. Neste caso, está sendo implantado em etapas”, explica o secretário de Saúde, Carlos Justo.