O Índice de Custo de Vida (ICV) do mês foi de 0,62%
Combustíveis tiveram alta de 4,7% em fevereiro em Florianópolis
A inflação sentida pelos consumidores em Florianópolis foi de 0,62% em fevereiro, afetada principalmente pelos preços dos alimentos, combustíveis e gastos com educação. O índice mensal é próximo da metade do registrado em janeiro (1,20%) – quando o reajuste anual de 19,2% nas passagens de ônibus públicos deixa muito a inflação para cima – e quase o mesmo de fevereiro do ano passado (0,59%).
Com isso, a inflação acumulada nos dois primeiros meses de 2025 soma 1,83%. Já o índice acumulado nos últimos 12 meses (6,66%) variou um pouco, em razão da proximidade dos percentuais de inflação de fevereiro de 2024 e 2025. Mas se manteve alto, em comparação com anos recentes.
Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV) , calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag ) , com apoio da Fundação Esag (Fesag) .
Educação e Transportes
A volta às aulas traz aumentos de mensalidades escolares e dos preços dos materiais escolares, entre outros preços ligados à educação. Esse foi o grupo pesquisado com maior alta em fevereiro (8%). As mensalidades das escolas (cursos regulares) subiram quase 10%. Também houve alta significativa nos preços dos livros (8,4%) e artigos de papelaria (5,3%).
Os preços ligados aos transportes puxaram novamente a inflação para cima, com alta de 1,15% em fevereiro. Mas desta vez o aumento veio principalmente dos combustíveis para automóveis (4,67%). Depois do aumento da cobrança do ICMS decidido pelos governos estaduais, no início de fevereiro, houve aumento em Florianópolis do óleo diesel (8,2%), gasolina (4,6%) e etanol (3,5%).
Além da alta dos combustíveis, também aumentou para a inflação dos transportes em fevereiro aumentos nas passagens aéreas com origem e destino em Florianópolis (2,8%) e passagens de ônibus interessantes e intermunicipais (2,4%).
Alimentação
Os preços dos alimentos tiveram aumento de 1,02% em fevereiro – o dobro dos 0,51% de janeiro. A alta foi equipamentos nos produtos comprados em feiras e supermercados para consumo em casa (1,62%). Já as refeições em restaurantes e lanchonetes subiram pouco (0,11%).
Tubérculos, raízes e leguminosas – que caíram de preço no mês anterior (-15,1%) –tiveram o maior aumento entre os alimentos em fevereiro (7,5%), mas quase todo na conta da batata inglesa (20,8%). As frutas ficaram 3,2% mais caras em fevereiro, com destaque para a melancia (28,8%) e mamão (14,6%). Houve também altas expressivas em produtos como ovos vermelhos (10,4%), café solúvel (17%) e café em pó (16,4%).
Outros preços
Além de educação, alimentos e transportes, houve aumentos menores em fevereiro dos grupos habitação (0,22%) e despesas pessoais (0,79%). Outros três grupos pesquisados tiveram quedas nos preços médios: artigos de residência (-1,30%), vestuário (-0,73%) e saúde e cuidados pessoais (-2,69%). Os preços dos serviços de comunicação resultaram.
Sobre o Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 períodos-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 28 de fevereiro. O índice é publicado regularmente desde 1968.
A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o projeto do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.
Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida , onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.