Na Semana Mundial do Glaucoma, médico do HOF alerta sobre a importância do diagnóstico precoce e da prevenção da doença que pode levar à cegueira
Você sabia que uma das principais causas de cegueira no mundo pode evoluir sem dar nenhum sinal nos estágios iniciais? É exatamente esse o alerta da Semana Mundial do Glaucoma, que acontece de 9 a 15 de março, promovida pela World Glaucoma Association. O objetivo é conscientizar a população sobre os riscos da doença e reforçar a importância dos exames oftalmológicos periódicos.
O glaucoma é uma neuropatia óptica crônica que compromete o campo visual, tendo como principal fator de risco o aumento da pressão intraocular (PIO). Quando não tratado a tempo, pode provocar dano irreversível ao nervo óptico e levar à perda definitiva da visão.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 67 milhões de pessoas no mundo vivem com glaucoma, e cerca de 10% delas já são cegas por causa da doença. No Brasil, estima-se que mais de 1 milhão de pessoas convivam com o problema, muitas sem saber.
O Dr. Lineu Oto Shiroma, coordenador do setor de Glaucoma do Hospital de Olhos de Florianópolis (HOF) chama a atenção para a importância da detecção precoce e do acompanhamento regular, especialmente entre pessoas com fatores de risco como histórico familiar, idade acima dos 40 anos, diabetes e raça negra. “O glaucoma é uma doença silenciosa e muitas vezes só é percebida quando já compromete seriamente a visão. A boa notícia é que, com exames simples, conseguimos identificar alterações precoces e iniciar o tratamento antes que haja perda visual significativa”, destaca o oftalmologista.
Celebrado em 12 de março, o Dia Mundial do Glaucoma reforça a necessidade de conscientização contínua sobre a doença. A campanha deste ano, com o tema ‘Unidos por um Mundo Livre de Glaucoma’, destaca a importância do acesso a exames preventivos e do cuidado com a saúde ocular ao longo da vida.
