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Florianópolis, 22 novembro 2024

Médico pode auxiliar no apoio às mulheres vítimas de violência doméstica  

SaúdeMédico pode auxiliar no apoio às mulheres vítimas de violência doméstica  
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Assunto será tema do Momento da Ética, evento virtual do CRM-SC 

O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) promove na próxima quarta-feira, dia 30, às 19h30min, o Momento da Ética, evento virtual para discutir a atuação dos profissionais de saúde na identificação de casos de violência contra a mulher e no apoio às vítimas. Transmitido pelo canal da entidade no YouTube (www.youtube.com/CRMSC1), o debate terá a participação da advogada e presidente da Comissão de Direito da Vítima da OAB/SC, Giane Brusque Bello, e do corregedor do CRM-SC e representante catarinense no Conselho Federal de Medicina (CFM), Anastácio Kotzias Neto. 

“O médico, em atendimentos de urgência ou no consultório, muitas vezes é quem tem o primeiro contato com a mulher vítima de violência e pode identificar que está diante de uma situação de violência doméstica”, diz Giane. “A partir disso, ele pode dar orientações à paciente e fazer a obrigatória notificação do caso às autoridades”, completa. 

Segundo a advogada, todo apoio externo é importante para a mulher. “Na maioria das vezes, elas não reconhecem – ou não aceitam – que estão em uma relação abusiva. Isso faz com que demorem a sair do ciclo de violência. Quanto mais informações, consciência e apoio tiverem, mais cedo terão condições para a saída deste ciclo”. Dados do Observatório da Violência contra a Mulher, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, mostram que somente este ano já foram registrados 45 feminicídios no Estado. Entre janeiro e outubro também foram requeridas 19.022 medidas protetivas. 

Médicos e profissionais de saúde também podem assumir papel importante no apoio às mulheres que deixaram para trás o passado de violência. “As vítimas que escapam do agressor precisam de atenção e acolhimento. Isso é fundamental para tenham coragem de seguir adiante. O profissional de saúde pode ter protagonismo nessa rede de apoio”.