Hoje, 25% dos jovens entre 20 e 25 anos no Brasil já apresentam perda excessiva de folículos capilares. Procura por transplante aumentou 70%
Os jovens brasileiros têm ficado calvos mais cedo. Pelo menos é isso que apontam os dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Segundo a SBD, o número de jovens entre 20 e 25 anos com perda excessiva de folículos capilares já representa 25% dos brasileiros nesta idade. Quando falamos em homens com mais de 50 anos, por sua vez, esse número chega a dobrar. Com a maior incidência da calvície – causada pelos mais diversos fatores –
e com a preocupação estética aumentando a cada ano, a busca por transplante capilar também cresceu e registrou um aumento de cerca de 70% nos últimos meses, entre janeiro e setembro, aqui no país.
Em Florianópolis (SC) não foi diferente. A Clínica Berger Solano Tricologia e Transplante Capilar, localizada no centro da Capital, tem notado o aumento da procura, sobretudo com a aproximação do verão. O especialista em marketing Arthur Afonso, 31 anos, foi um dos pacientes a buscar o procedimento nas últimas semanas. “O transplante capilar foi muito mais tranquilo do que eu imaginava. No outro dia eu já estava de volta a quase todas as minhas atividades e em 10 dias minha vida já estava praticamente normal, com poucas restrições. Os cuidados após o transplante são bem tranquilos de encaixar na rotina; já estou ansioso pelo resultado final”, conta, empolgado, Arthur.
O processo vivido por Arthur foi comandado pela dupla de médicos Paulo Solano (cirurgião plástico) e Carol Berger (cirurgiã geral e especialista em Tricologia). No entanto, além deles, uma equipe de até 10 profissionais altamente capacitados atua direta ou indiretamente no procedimento, um dos diferenciais da clínica catarinense, que oferece as técnicas mais modernas do mercado. Carol Berger, que além de cirurgiã geral e especialista em Tricologia é pós-graduada em Dermatologia e especialista em procedimentos faciais, conta que a técnica FUE utilizada na clínica é a mais atual para transplantes capilares.
Na prática, segundo a especialista, por meio da técnica são extraídas unidades foliculares individualmente, “fio a fio”, de uma região doadora onde os cabelos são mais grossos e numerosos. Após o processo, separam-se os folículos de acordo com o número de fios e é realizada a implantação na área de calvície com uma caneta injetora. “O uso dessa técnica e ferramentas proporcionam extração e implantação com mínimo trauma ao folículo capilar, resultando em menos trauma local, recuperação rápida e resultados naturais e duradouros. O procedimento dura, em média, de oito a doze horas e é realizado na Clínica Berger Solano com uso de medicações via oral e anestesia local, sendo praticamente indolor e muito bem tolerado por todos os pacientes”, explica a médica catarinense.
“Entradas” são primeiros sinais de alerta
Carol Berger destaca que não é possível falar em transplante capilar sem se atentar àquilo que o causa. De acordo com ela, a alopécia androgenética é a causa mais frequente de perda progressiva de cabelo, tanto em homens quanto em mulheres. A doença é influenciada por fatores genéticos com expressão e gravidade clínica variáveis e, hoje, somente no Brasil, estima-se que 50 milhões de homens e 30 milhões de mulheres sejam acometidos.
Ela alerta sobre os primeiros sinais. “A calvície masculina geralmente inicia com aumento progressivo das ‘entradas’. O transplante capilar é indicado como solução estética para as áreas com rarefação capilar ou ausência de cabelos”, indica.
Cuidado médico após o procedimento é essencial
A médica ressalta que o processo de restauração capilar envolve, além do transplante, todo um acompanhamento clínico periódico. “Por isso, ressalto, contamos com mais de 10 profissionais envolvidos. Já no dia seguinte ao procedimento, nossa equipe irá realizar a retirada do curativo e a higienização do couro cabeludo, explicando passo a passo os cuidados necessários, que perdurarão nas semanas seguintes sob nossa supervisão”, acrescenta, ao destacar que é muito importante que o paciente deposite a confiança em profissionais que, de fato, sejam qualificados. “Nossa clínica é certificada e autorizada conforme regulamentação da Vigilância Sanitária e do Conselho Regional de Medicina. Isto é primordial”, aconselha.
A dermatologia como complemento ao tratamento
Algo recorrente em casos de transplante capilar, é comum que pacientes se surpreendam com os fios que antes pareciam “normais” e saudáveis e, mais adiante, começaram a afinar e cair – e achar que o procedimento em si foi mal sucedido. “Não adianta um paciente apenas realizar o transplante para resolver o problema das áreas calvas e não dar sequência a um tratamento complementar adequado, com um médico especializado na saúde dos cabelos; caso contrário, os fios implantados irão permanecer fixados ao couro cabeludo e os demais – que já estavam no paciente – possivelmente tenderão a continuar afinando, caindo e muitos deles não retornando a crescer”, salienta Carol Berger, que é especialista em Tricologia, ramo da ciência que trata dos pêlos ou cabelos.