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Florianópolis, 22 novembro 2024

Os 70 anos de Nelson Piquet, gênio nas pistas e polêmico fora delas

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Neslon Piquet foi um dos maiores pilotos de Fórmula 1 que o mundo já viu. Estratégico e profundo conhecedor de mecânica, ele costumava surpreender os rivais com ideias que lhe dariam vantagem dentro das pistas. Além disso, era veloz e capaz de controlar o carro com uma habilidade rara. Sua ultrapassagem em ninguém menos do que Ayrton Senna, no GP da Hungria de 1986, é considerada por muitos como a melhor da história da F1. Será que voltaremos a ter brasileiros brilhando principal modalidade de esportes a motor do mundo? Quem gosta de fazer previsões esportivas pode aproveitar o Pix bet365 e dar os seus palpites.

Nascido há 70 anos no Rio de Janeiro, Nelson Piquet é filho do médico e ex-ministro da Saúde Estácio Gonçalves Souto Maior. E por essa razão, mesmo tendo passado seus primeiros anos na Cidade Maravilhosa, viveu a maior parte da sua vida em Brasília. Durante um intercâmbio nos Estados Unidos, ainda adolescente, teve aulas de mecânica e apaixonou-se pelo ofício.

Quando voltou a Brasília, aos 17 anos, decidiu trabalhar em uma oficina – e logo a paixão pelo automobilismo foi surgindo, e Piquet deu seus primeiros passos no kart. Seu pai era contra a ideia de o filho se tornar piloto e o incentivava a jogar tênis. Justamente por isso, o jovem Nelson passou a usar o sobrenome da mãe, Piquet, em suas corridas.

Após se destacar em competições nacionais, Piquet foi para a Europa disputar a Fórmula 3. O sucesso logo o levaria à principal modalidade de esportes a motor: a Fórmula 1. Ele fez sua estreia em 1978, e a paixão pela mecânica o transformou em um dos pilotos mais completos da categoria, pois isso lhe capacitou a antever problemas e criar soluções que poucos conseguiam.

Ao longo de sua trajetória na F1, Piquet sagrou-se tricampeão mundial (1981, 1983 e 1987). E ele conseguiu este feito correndo com três motores diferentes – Ford em 1981, BMW em 1983 (ambos pela Brabham) e Honda em 1987 (pela Williams).

Seus feitos sempre andaram lado a lado com as polêmicas e a falta de interesse pelo show midiático. Piquet teve como rivais nomes como Alain Prost, Nigel Mansell e, claro, Ayrton Senna. Nenhum deles escapou à língua do carioca criado em Brasília.

Sobre Alain Prost, Piquet disse que o francês era feio e se aproximava dos outros pilotos para tentar “roubar suas mulheres”. Mansell, segundo o brasileiro, era “um idiota veloz”. Já a relação com o compatriota Ayrton Senna sempre foi conflituosa, com os dois lados soltando farpas. Talvez o golpe mais duro tenha sido dado já após o acidente que vitimou Senna, quando Piquet, ao ser perguntado sobre qual dos dois fora o melhor piloto, disse que ele ainda estava vivo.

Piquet sempre foi um piloto autêntico, nunca criou um personagem. Em diversos momentos, essa autenticidade esbarrou na pura e simples grosseria – e ele pagou um preço por isso. Nunca teve o carinho que Senna teve dos fãs da Fórmula , tanto no Brasil quanto no mundo. E isso também fez com que o tricampeão mundial nunca tivesse o reconhecimento que merece como piloto. Polêmicas à parte, nas pistas ele foi um dos maiores de todos os tempos.