Segundo estudo do banco, maior contribuição positiva para o crescimento do PIB catarinense este ano vem do setor de serviços
O Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina deve crescer 2,5% este ano, em linha com a economia brasileira e ligeiramente acima da região Sul. As projeções fazem parte de estudo especial do Departamento Econômico do Santander. Em 2020, pelas estimativas do banco, a economia catarinense recuou 2,1%, mas avançou 6,4% em 2021 – melhor desempenho entre os estados do Sul no período.
Segundo o levantamento, que contém projeções do Santander por estados e regiões do País para o horizonte de 2020 a 2023, o PIB brasileiro vai avançar 2,6% em 2022, enquanto a média dos três estados do Sul terá crescimento de 2,2% no ano. Os últimos dados oficiais para as economias estaduais, do IBGE, são de 2019.
“Estimamos que o PIB da região Sul teve forte retomada em relação à queda sofrida em 2020, com os três estados compensando a contração do ano integralmente em 2021. A região ainda deve ter taxa de crescimento acima de 2% em 2022”, aponta Gabriel Couto, economista do Santander e autor do estudo.
Nos cálculos de Couto, a maior contribuição positiva para o crescimento do PIB catarinense vem do setor de serviços, que deve ter maior dinamismo este ano, com alta estimada de 4,5% – o maior resultado da região Sul. “O setor de serviços deve ser destaque da retomada ao longo de 2021 e 2022. Em 2023, a tendência é de ligeiro crescimento, desempenho que tende a ser melhor do que a média nacional no ano”, aponta.
A indústria catarinense, por sua vez, deve recuar 0,6% em 2022, após ter crescido 5,5% em 2021. Em 2020, o banco calcula que o PIB industrial diminuiu 1,9% no estado. “A política monetária mais apertada e a desaceleração da demanda devem impactar o setor adicionalmente em 2023”, avalia o economista.
Já o PIB da agropecuária em Santa Catarina deve diminuir 2,6% este ano, queda menos intensa do que a prevista para o setor na média da região Sul em igual comparação (-3,9%). Couto observa que o setor tem apontado contrações frequentes em consequência de seguidos problemas climáticos. “Apesar do ciclo positivo nos grãos, secas levaram a grandes perdas nas safras”, pondera o economista do Santander.